Volume de financiamentos habitacionais da Caixa cresce no primeiro semestre

O aumento foi de 25% em comparação com o mesmo período de 2021

25/08/2022 | 11:03 –  O diretor executivo de Habitação da Caixa, Rodrigo Wermelinger, anunciou que o volume de financiamentos habitacionais do banco cresceu 25% no primeiro semestre de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021. A divulgação aconteceu na Convenção Secovi (Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo), na última terça-feira (23).

Segundo Wermelinger, o crescimento deve-se, em especial, ao market share do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). “Em 2021, foram aplicados R$ 57,8 bilhões do FGTS e, neste ano, somente de janeiro a julho, R$ 34,8 bilhões com este funding. A nossa estimativa é de crescer 20% neste ano, a partir do patamar de julho”, afirmou.

Para ele, o resultado é fruto de um crescimento que acontece desde 2020 — apesar de ser o ano em que a pandemia de Covid-19 começou. Segundo o diretor, nos últimos dois anos (2020 e 2021), a Caixa Econômica financiou mais de dois milhões de imóveis, beneficiando cerca de oito milhões de pessoas.

A afirmação despertou elogios de grandes nomes do setor. A diretora de Habitação Econômica do Secovi, Daniela Ferrari, que também é coordenadora do Grupo de Trabalho de Concessionárias do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade) do SindusCon-SP, comentou que a adaptação da Caixa à nova realidade de pandemia foi muito eficaz. “Isso significa gestão e propósito”, ela afirma.

Além disso, ao tomar conhecimento da iniciativa relacionada ao programa Casa Verde e Amarela — em que o diretor da Caixa anunciou que, em breve, será oficializada a ampliação do prazo de financiamento de 30 anos para 35 anos com benefícios especiais para mulheres que formarem núcleos unifamiliares —, Ferrari complementou a declaração. “O senso de urgência move o banco e temos de reconhecer todo o esforço de acolhimento e inclusão do público feminino.”

O presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), José Carlos Martins, pediu apoio da Caixa na defesa dos recursos do FGTS. “Esse recurso não pode ser complemento de renda para se chegar até o final de mês. O trabalhador precisa entender que, ao sacar pequenos valores, está usando o seu patrimônio, voltado para socorrê-lo em situações muito bem definidas em lei”, ressaltou.

O presidente do Secovi-SP, Rodrigo Luna, disse que o programa Casa Verde e Amarela tem caminhado no ritmo correto neste período de instabilidade. “Há muitas famílias querendo e precisando morar. Por isso, temos de manter a saúde deste, que é o maior programa habitacional para a baixa renda. É muito melhor caminhar com menos velocidade e mais eficiência para a solução de gargalos”, opinou.