Vendas de máquinas para construção podem cair 30%
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Diante do governo interino de Michel Temer (PMDB), o compasso ainda é de espera
30 de junho de 2016 - O setor estima para o ano uma queda nas vendas em torno de 30% e aguarda definição política para destravar investimentos, principalmente em infraestrutura. "O mercado está respirando mais aliviado, mas as vendas se mantêm no mesmo patamar. A intenção de investimento ainda não mudou", diz o CEO da BMC Hyundai, Felipe Cavalieri. Ele destaca que a empresa não cogita o retorno da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). A opinião é compartilhada por outros agentes do setor.
O segmento de máquinas para construção foi uma das grandes promessas do País, principalmente a partir de meados de 2011. Considerado um grande "canteiro de obras", o Brasil recebeu investimentos impulsionados por infraestrutura, indústria, Copa do Mundo e Olimpíada no Rio de Janeiro.
No entanto, a profunda deterioração da economia atingiu em cheio os segmentos demandantes da indústria de linha amarela, como é conhecido o setor de máquinas de movimentação de terra. "O impacto da Copa do Mundo e da Olimpíada foi muito baixo. Os investimentos não ocorreram como era previsto", declarou recentemente o presidente do grupo CNH Industrial para América Latina, Vilmar Fistarol, em São Paulo.

