Vendas de imóveis novos aumentam no primeiro semestre de 2022
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
A quantidade de lançamentos, por sua vez, caiu, segundo o levantamento feito pela CBIC e pelo Senai Nacional

Foram analisados dados de 197 municípios, incluindo 26 capitais (Foto: Pupes/Shutterstock)
16/08/2022 | 11:31 – Segundo o estudo realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Senai Nacional, a venda de imóveis novos aumentou no primeiro semestre de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021. A conduta, entretanto, não é observada em relação aos lançamentos de imóveis novos, que registraram queda. Foram analisados dados de 197 municípios, incluindo 26 capitais.
Na comparação, as vendas registraram aumento de 1,4% no primeiro semestre do ano, em relação ao de 2021. O resultado é positivo e, segundo José Carlos Martins, presidente da CBIC, ainda indica estabilidade.
“É importante destacar a linha de crescimento de vendas e lançamentos de 2017 até agora e que, a partir do segundo semestre de 2021, começou a ter uma certa estabilidade. Ou seja, apesar da crise econômica, o setor da construção civil permanece com uma grande previsibilidade, podendo ser considerado um grande suporte da economia brasileira”, explica.
Os lançamentos, por outro lado, apresentaram queda de 6% na comparação entre semestres dos dois anos. Ainda assim, o cenário não é de todo negativo, já que o indicador registrou crescimento de 4% na comparação entre o segundo e o primeiro trimestre de 2022. Segundo os dados das entidades, a média de lançamentos dos últimos quatro trimestres foi de 75,2 mil unidades, ao passo que, somente no segundo trimestre deste ano, foram lançadas 63,9 mil novas unidades.
Regiões
A região que mais vendeu unidades residenciais no segundo trimestre de 2022 foi a Sudeste, com 38.170 unidades vendidas — 2,8% a menos que no trimestre passado. O segundo lugar no ranking de vendas ficou com a região Sul, que vendeu 14.558 unidades, seguida das regiões Nordeste (12.337), Centro-Oeste (5.706) e Norte (2.090).
Em relação aos lançamentos, a região Sudeste também apresentou o maior patamar, com 37.662 lançamentos — que representa um crescimento de 26,3% se comparado ao trimestre anterior. O segundo lugar ficou com a região Sul, que lançou 10.336 imóveis, seguida das regiões Nordeste (9.076), Centro-Oeste (4.818) e Norte (1.986).
Casa Verde e Amarela
Em relação ao Programa Casa Verde e Amarela (CVA), principal programa de habitação popular do governo federal, que substituiu o Minha Casa Minha Vida, a quantidade de vendas, lançamentos e oferta final caiu significativamente no segundo trimestre do ano, na comparação com o mesmo trimestre de 2021.
As vendas recuaram 14,6%, os lançamentos declinaram 36,5% e a oferta final caiu para 15,1%. “Os números refletem o descasamento da renda das famílias com o aumento de custos, refletido na elevação do preço de venda, sendo este o grande desafio a ser vencido pelo setor. Pontos como a mudança nos valores de renda nos grupos do Casa Verde e Amarela, o aumento dos descontos, a ampliação dos prazos de pagamento, curva de subsídios aderente à realidade econômica e social, dentre outras medidas tomadas, demonstram a certeza da percepção. Contudo, as adequações introduzidas pelo Ministério do Desenvolvimento Regional de incentivo ao CVA devem reverter o quadro, com expectativa do uso de todos os recursos orçamentários alocados para o ano”, complementa José Carlos Martins.
Segundo o levantamento, as contratações do CVA no início do ano caíram acentuadamente. Para a CBIC, a partir da entrada em vigência das novas curvas de subsídios, em fevereiro, abril e no final de julho, este mercado ganhou novo fôlego. Sobre isso, a previsão da CBIC é que as contratações devem ser semelhantes às do ano passado, com uma recuperação mais forte nos últimos meses.
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