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Vendas de cimento crescem no oitavo mês do ano

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Foram vendidas 42,2 milhões de toneladas de cimento no acumulado do ano até agosto

foto de um homem mexendo em um balde com cimento
O Sindicato Nacional da Indústria do Cimento calcula que foram vendidas 5,9 milhões de toneladas de cimento no mês de agosto (Foto: chomplearn/Shutterstock)

12/09/2022 | 14:56  Ao comercializar cerca de 42,2 milhões de toneladas de cimento no acumulado do ano até agosto, a indústria cimenteira do país presencia um crescimento de 0,1% nas vendas durante o oitavo mês do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Quem confirma os dados é o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), que calcula 5,9 milhões de toneladas vendidas durante agosto. Segundo a instituição, o resultado representa uma recuperação no desempenho depois do declínio presenciado em duas ocasiões: em julho deste ano (que teve queda de 6,8%) e em agosto de 2021.

Assim, no acumulado do ano até esta apuração, as vendas de 42,2 milhões de toneladas representam uma queda de 2,9% em comparação com o mesmo intervalo de 2021, ao passo que, nos últimos 12 meses, esse número aumenta para 63,16 milhões de toneladas (2,5% menos que nos 12 meses anteriores).

Os despachos realizados por dia útil em agosto foram de, em média, 234,6 mil toneladas — também representando queda de 3,9% na base anual.

Segundo a entidade, apesar da leve recuperação em agosto, o cenário econômico brasileiro ainda impede que o setor cresça mais, por causa dos juros elevados e do endividamento e da baixa renda familiar. O Snic ressalta que, embora o país apresente a menor taxa de desemprego desde setembro de 2015, os salários estão inferiores aos registrados antes da pandemia, o que prejudica o consumo.

Para sanar a adversidade, a instituição aposta nos auxílios liberados para a população e no aumento natural do consumo final de cimento. “A sazonalidade nas vendas da indústria do cimento que tem, historicamente, um melhor desempenho no segundo semestre poderá nos levar a uma parcial recuperação nas perdas registradas na primeira metade do ano”, afirmou em nota o presidente do sindicato, Paulo Camillo Pena.

Todavia, muitos aspectos desse mercado dependem do desempenho do segmento imobiliário, que, apesar de obter queda de 6% nos lançamentos de imóveis durante o primeiro semestre de 2022, também registrou crescimento de 14% nas vendas no mesmo período. “Esse movimento faz com que o estoque de obras diminua e, consequentemente, piora a perspectiva das vendas de cimento”, analisa a entidade.

Na divisão das vendas de cimento por regiões do país, o Sudeste foi o único com resultado negativo em agosto, de 2%. No Sul, a comercialização ficou estável, enquanto no Norte (15,3%), Nordeste (1,5%) e Centro-Oeste (0,8%) houve alta.

No acumulado do ano, o Sudeste continua apresentando queda nas vendas, de 4,4%, e o Nordeste também recua, com menos 4,9%. O Sul cresce levemente, em 0,5%, seguido por 1,1% de alta no Norte e 2% no Centro-Oeste.

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