Taxa de desemprego recua no terceiro trimestre do ano
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
A parcela da população empregada totalizou 99,3 milhões de pessoas

Os trabalhadores por conta própria somaram 25,7 milhões de pessoas, os domésticos totalizaram 5,9 milhões e os empregadores ficaram em 4,4 milhões (Foto: JERO SenneGs/Shutterstock)
27/10/2022 | 11:32 – A taxa de desemprego registrou redução de 0,6% no trimestre móvel de julho a setembro de 2022, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador ficou em 8,7% no período considerado, em comparação com o trimestre de abril a junho, quando ficou em 9,8%.
Em relação ao mesmo período de 2021, a redução é de 3,9%, quando o desemprego estava em 12,6%. Essa é a menor taxa desde o trimestre fechado em junho de 2015, quando o desemprego estava em 8,4%, de acordo com o IBGE.
Em números absolutos, os dados apontam para 99,3 milhões de pessoas empregadas (um recorde, desde o início da série, em 2012), com alta de 1% na comparação trimestral, representando mais um milhão de pessoas ocupadas. Na comparação anual, a alta é de 6,8% ou mais 6,3 milhões.
O total de habitantes desempregados, por sua vez, é de 9,5 milhões de pessoas — queda de 6,2% (menos 621 mil pessoas) no trimestre e 29,7% (menos 4 milhões) no ano.
Subutilização
Do total de empregados, o nível de ocupação foi de 57,2% e a taxa composta de subutilização (que mede o percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e a força de trabalho potencial) foi de 20,1% — a menor desde março de 2016.
O contingente subutilizado somou 23,4 milhões de pessoas e o subocupado por insuficiência de horas trabalhadas estava em 6,2 milhões no trimestre encerrado em setembro, o menor total desde junho de 2017. Os desalentados ficaram estáveis em 4,3 milhões de pessoas frente ao trimestre anterior e caíram 17,2% na comparação anual.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado subiu 1,3% no trimestre, para 36,3 milhões de pessoas, e os sem carteira assinada atingiram o maior nível da série histórica, apesar da estabilidade no trimestre: 13,2 milhões de pessoas. A taxa de informalidade caiu de 40% para 39,4% da população ocupada, com 39,1 milhões de trabalhadores informais.
Os trabalhadores por conta própria somaram 25,7 milhões de pessoas, os domésticos totalizaram 5,9 milhões e os empregadores ficaram em 4,4 milhões.
Os aumentos no trimestre foram observados na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura; indústria, comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas; informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
Por tipo de ocupação, os empregados com carteira de trabalho assinada tiveram aumento de 2,8% no trimestre, os empregados no setor público 2,3%, e os empregadores estão ganhando 10% a mais. As demais categorias não apresentaram variação significativa.

