Studios representam um terço dos lançamentos em SP
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Entretanto, o mercado de imóveis com tamanho reduzido não tem abrangência em regiões periféricas da capital paulista ou que não tenham proximidade com metrô, faculdades e outros polos

A explosão de lançamentos de studios também se deve ao impulsionamento realizado pelo Plano Diretor da cidade (Foto: PHOTOCREO Michal Bednarek/Shutterstock)
08/11/2022 | 11:10 – Segundo o Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Administração de Imóveis de São Paulo (Secovi-SP), os studios — um tipo de apartamento que possui cerca de 40 metros quadrados e cômodos integrados (exceto pelo banheiro) — já representam um terço do total de lançamentos de imóveis na capital paulista.
Entre 2018 e 2022, de janeiro a setembro de cada ano, os lançamentos de studios somaram 35.757 unidades, enquanto as vendas totalizaram 32.821 unidades — retratando comercialização de 100% deles. E o sucesso desse tipo de unidade é descrito, na maioria da vezes, pela região em que está localizado, segundo Ely Wertheim, presidente executivo do Secovi-SP.
Ele conta que esse tipo de empreendimento não possui alcance ou abrangência em regiões de São Paulo que são mais distantes de linhas de metrô, por exemplo, ou de polos como faculdades e hospitais. Além disso, ele também alega que o sucesso dos studios deve ser atrelado à legislação, no que ele descreve como um “equívoco do Plano Diretor”.
Isso porque, segundo a lei, os empreendimentos próximos a estações de trem, metrô e corredores de ônibus não podem oferecer mais de uma vaga de garagem por apartamento — o que fez com que as incorporadores passassem a investir em studios sem garagem nos projetos, para que a vaga relativa a essa unidade fosse repassada para apartamentos maiores.
Além disso, a presença de studios em obras desse teor não configura como área construída, o que, segundo as construtoras, permite melhor aproveitamento do terreno.
Com tantos estímulos, os lançamentos cresceram significativamente e já representam 34% do total de imóveis residenciais novos, segundo o levantamento do DataZap+.

