Setor de serviços cresce em junho
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Segundo o IBGE, o setor está 7,5% acima dos níveis pré-pandemia

Considerando a apuração de março até junho, a variação totaliza 2,2% de crescimento (Foto: M_Agency/Shutterstock)
12/08/2022 | 10:12 – O setor de serviços registrou o segundo crescimento seguido no mês de junho, de 0,7% em comparação a maio. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador está 7,5% acima dos níveis pré-pandemia — ou seja, de fevereiro de 2020.
Considerando a apuração de março até junho, a variação totaliza 2,2% de crescimento. Ao comparar o resultado com o patamar mais alto da série histórica, ou seja, de novembro de 2014 — quando o setor de serviços registrou no Brasil um crescimento nominal de 3,7% —, o IBGE também constatou que, hoje, o indicador apresenta números só 3,2% menores.
Na comparação com junho do ano passado, a variação continua positiva, já que a taxa apresentou crescimento de 6,3%. O acumulado em 12 meses no volume de serviços, por outro lado, vem registrando diminuição no ritmo, ao declinar de 11,7% em maio para 10,5% em junho de 2022.
Segundo os especialistas do IBGE, quatro das cinco atividades que integram o levantamento apresentaram aumento no volume:
• Transportes (0,6%), com destaque para transporte dutoviário, rodoviário de cargas e transporte coletivo de passageiros;
• Profissionais, administrativos e complementares (0,7%), com destaque para retomada de atividades como feiras e convenções, arquitetura e engenharia e vigilância e segurança privada;
• Serviços prestados às famílias (0,6%), com destaque para serviços de artes cênicas e espetáculos e de gestão de instalações esportivas; e
• Outros serviços (0,8%), com destaque para as corretoras de títulos e valores mobiliários e administração de fundos por contrato ou comissão.
A única atividade a apresentar declínio foi a de serviços de informação e comunicação, que caiu 0,2%, puxada por portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet.
Para o analista Luiz Almeida, a alta no setor de transporte foi a principal influência no resultado do mês, em especial devido à atividade estar 16,9% acima do patamar pré-pandemia.
As atividades turísticas caíram 1,8% em junho, na comparação com maio, após três altas consecutivas com acúmulo de 10,7%. O segmento ainda se encontra 2,8% abaixo do patamar de fevereiro de 2020.
Regiões
Entre os 27 estados brasileiros, dez tiveram aumento no volume de serviços de maio para junho. Os principais impactos foram do Rio de Janeiro (2,4%), Paraná (2,5%), Rio Grande do Sul (2,1%) e São Paulo (0,2%). As principais quedas foram de Minas Gerais (3%), Amazonas (5,1%), Ceará (3,8%) e Pernambuco (2,4%).
Na comparação anual, 24 estados tiveram avanços. São Paulo subiu 7,9%, Rio Grande do Sul teve aumento de 15,3%, Minas Gerais cresceu 7,9% e Paraná registrou alta de 5,3%. As principais quedas ocorreram no Distrito Federal (6,9%), Rondônia (6,2%) e Acre (11,7%).

