Setor da construção segue demitindo no Brasil, mas em ritmo menor
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Estudo do Sinduscon-SP revela que demissões superaram as contratações pelo 31º mês consecutivo no setor, mas números apontam para desaceleração

A construção civil fechou abril com 2,47 postos de trabalho, menos 1,1 milhão do que no início da crise, em outubro de 2014, (crédito: Joa Souza/ shutterstock)
20/06/2017 | 17:35 – O nível de emprego na construção brasileira encolheu pelo 31° mês consecutivo, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). Embora os últimos meses tenham apresentado redução nas demissões, a pesquisa registrou 874 vagas a menos em abril, redução de 0,04% em relação a março. Em comparação com abril de 2016, a queda foi de 12,94%. A pesquisa foi realizada pelo SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base nas informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A construção finalizou o primeiro quadrimestre de 2017 com 2,47 milhões de trabalhadores. Em outubro de 2014, primeiro mês com variação negativa, o número era de 3,57 milhões. Os segmentos que dispensaram mais trabalhadores em abril foram o de obras de instalação (- 0,67%) e imobiliário (- 0,33%). Apresentaram alta os setores de infraestrutura (0,89%) e preparação de terreno (0,29%). No acumulado de 12 meses, as maiores quedas foram registradas no ramo imobiliário (-16,17%), obras de acabamento (-13,50%) e infraestrutura (-13,10%).
Por regiões
Das cinco regiões do Brasil, três registraram queda: Norte (-1,05%), Nordeste (-0,53%) e Sudeste (-0,08%). As regiões Sul e Centro-Oeste, no entanto, criaram vagas no mês, registrando altas de 0,26% e 1,61%, respectivamente.
No Sudeste, houve queda nos Estados do Rio de Janeiro (-0,65%) e São Paulo (-0,05%). Já o Espírito Santo (0,79%) e Minas Gerais (0,17%) concentraram números positivos.
No Nordeste, os Estados do Piauí (-2,02%) e Pernambuco (-1,20%) tiveram as maiores baixas. As altas se concentraram no Maranhão (0,77%) e Alagoas (0,38%).
Na região Norte, o número de vagas caiu em Roraima (-2,8%) e no Pará (-1,88%). No Tocantins, houve alta de 1,86%.
O Centro-Oeste apresentou baixa somente no Mato Grosso do Sul (-0,96%). Os Estados de Mato Grosso (3,46%), Goiás (2,66%) e Distrito Federal (0,42%) criaram vagas no mês.
Na região Sul, todos os Estados tiveram alta: Paraná (0,19%), Santa Catarina (0,51%) e Rio Grande do Sul (0,12%).
Empregos por regiões do Brasil (abril de 2017)
| Região | Variação mensal | Variação absoluta do estoque |
| Centro-Oeste | 1,61 | 3.102 |
| Nordeste | -0,53 | -2.582 |
| Norte | -1,05 | -1.406 |
| Sudeste | -0,08 | -1.019 |
| Sul | -0,26 | 1.038 |
| Brasil (total) | -0,04 | -874 |

