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Setor da construção mantém expectativa de crescimento baixo em 2018

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Sinduscon-SP e FGV acreditam em alta de 0,5% do PIB da construção. Número de postos de trabalho ainda deve cair, mas em ritmo menor do que nos últimos anos


As expectativas positivas foram baseadas na melhora nas vendas e lançamentos no setor imobiliário e diminuição no número de distratos (KorArkaR/shutterstock)

18/06/2018 | 17:05 – É possível que o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil ainda cresça 0,5% neste ano. A análise de Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção da Fundação Getulio Vargas (FGV), foi apresentada na última Reunião de Conjuntura do Sindicato da Industria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), semana passada.

Para a economista, no entanto, o aumento do PIB pode não acontecer se houver contingenciamento de recursos para projetos de infraestrutura, com a consequente paralisação das obras. Ela também afirma que há previsão de um declínio menor no nível de emprego que nos anos anteriores – a retração esperada, de cerca de 2,5%, significa o corte de 81 mil vagas.

As perspectivas são baseadas nos dados do setor até abril: a melhora nas vendas e lançamentos no setor imobiliário, diminuição no número de distratos e aumento da produção de materiais de construção. Ana Maria comentou, no entanto, que os dados não consideram o impacto da greve dos caminhoneiros na redução da produção de materiais. “As vendas de cimento em maio caíram 20%. Nos próximos meses, parte dessa queda pode ser recuperada, mas parte pode ser adiada, em função das dúvidas quanto aos rumos da economia e ao ânimo dos investidores privados”, ressaltou.

Para Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do Sinduscon-SP, é preciso se preparar para tempos difíceis, mesmo quando a recuperação do setor começar. “A recuperação será benvinda, embora com problemas: faltarão infraestrutura, insumos, energia.”

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