Setor da construção civil elimina quase 24 mil postos em fevereiro
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
No segundo mês de 2016 foram fechados 23,9 mil postos de trabalho, levando em conta os fatores sazonais
07 de abril de 2016 - A construção civil brasileira registrou queda de -0,83% no nível de emprego em fevereiro na comparação com o mês anterior. No segundo mês de 2016 foram fechados 23,9 mil postos de trabalho, levando em conta os fatores sazonais.
De acordo com pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), nos últimos 12 meses foram demitidos cerca de 467,7 mil trabalhadores. O estudo é feito com base em informações fornecidas pelo Ministério do Trabalho e do Emprego.
As regiões que registraram resultados mais preocupantes foram a Norte (-2,50%) e a Nordeste (-1,01%). O segmento de engenharia e arquitetura teve a maior retração (-1,66%) em fevereiro ante janeiro, seguido pelo setor imobiliário (-1,15%). No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o setor imobiliário apresentou a maior queda (-17,73%).
Sem recuperação
De acordo com o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, a perspectiva de retomada ainda está distante. Ele disse não acreditar na recuperação do emprego na construção brasileira nos próximos meses. "O setor está desempregando pelo décimo sétimo mês consecutivo. Mesmo se, como queremos, a crise política tiver um desfecho rápido dentro da legalidade, novos investimentos ao longo deste ano resultarão em obras mais adiante, e somente então se iniciará uma retomada do emprego", afirmou Ferraz Neto.
No Estado de São Paulo, o estoque de trabalhadores sofreu retração de 773 mil em janeiro para 769 mil em fevereiro. Santos apresentou a maior queda, de -14,57%. Na capital, a retração no mesmo comparativo foi de -11,53%.

