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Rio Preto volta a contratar na construção civil

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Pesquisa mostra crescimento na criação de empregos no mês de abril, ao contrário do cenário nacional que é de demissões

A construção civil fechou o mês de abril com saldo positivo entre contratações e demissões. A pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) mostra que foram criadas 170 novas vagas de trabalho em abril. Os dados referem-se aos 140 municípios da área de abrangência da Regional de São José do Rio Preto. O cenário é inverso ao da construção civil brasileira que registrou queda no nível de emprego em abril em relação a março.

Na região, os municípios de Araçatuba, Fernandópolis, Birigui e Andradina foram os que tiveram desempenho positivo nas contratações. No município de São José do Rio Preto o quadro não foi tão positivo. O mês de abril encerrou com o fechamento de 54 vagas, o que representa queda de 0,43% em relação a março. Atualmente 12.650 trabalhadores tem carteira assinada neste segmento.

Catanduva também teve dados negativos em abril, mas mantém saldo positivo de emprego no ano. Em abril foram demitidos cinco trabalhadores, o que representa queda de 0,50% em relação a março. Apesar do número ruim no mês passado, Catanduva registra, de janeiro a abril, 97 contratações e 27 demissões. A cidade tem atualmente 1.592 trabalhadores registrados.

Em Votuporanga o cenário é bem mais ruim. Em abril foram fechadas 125 vagas de trabalho representando queda de 7,10% em relação a março e diminuindo para 1.636 o número de trabalhadores formais no setor.

Já Fernandópolis teve números positivos. Foram 81 contratações, gerando aumento de 8,43% em relação a março e elevando para 1.042 o número de empregos formais na construção civil.

Em Araçatuba a construção civil continua demonstrando sinais de força. Foram 41 contratações em abril, com aumento de 1,11% em relação a março e fechando um total de 3.724 empregados formais no setor.

Birigui também teve números positivos. Foram criadas 18 novos postos de trabalho, ou seja, aumento de 1,54% em relação ao mês anterior e um total de 1.188 trabalhadores com carteira assinada.

Andradina também criou 18 novas vagas em abril, com elevação de 2,71% em relação a março e total de 681 empregos formais no setor.

Brasil

A construção civil brasileira registrou queda de -0,61% no nível de emprego em abril, em relação a março, com o fechamento de 17,4 mil postos de trabalho. Esta é a 19ª queda consecutiva – desde outubro de 2014. No acumulado do ano foram demitidos 72,9 mil vagas. Em 12 meses, o total de cortes chega a 398,2 mil trabalhadores (mesmo patamar de maio de 2010). Desconsiderando efeitos sazonais**, o número de vagas fechadas em abril foi de 34,7 mil (-1,21%).

Para o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, a queda do nível de emprego na indústria da construção em abril já era esperada em função da recessão, e seguirá se repetindo nos próximos meses, a menos que o setor receba estímulos.

“Esperamos que o governo retome as contratações em todas as faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida, e que a União renove os convênios para que Estados e Municípios possam aportar terrenos e recursos ao programa. Medidas para ampliar a oferta de crédito ao mercado imobiliário também são urgentes. E é preciso acelerar as providências para colocar de pé as concessões e parcerias público-privadas”, afirma o presidente do SindusCon-SP.

Por segmento, obras de instalação teve a maior retração (-1,45%) em abril na comparação com março, seguido por imobiliário (-0,83%). No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento imobiliário apresenta a maior queda (-16,98%).

A deterioração do mercado de trabalho afeta todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foram observados no Nordeste (-1,75%) e Norte (-0,89%). Na outra ponta, o Centro-Oeste apresentou alta de 1,43%, seguido pela região Sul, com 0,10%.

Fonte: SindusCon-SP
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