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Quantidade de lançamentos de imóveis foi superior ao de vendas em 2021

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Desempenho do mercado muda de acordo com a região no país

imagem aérea de uma cidade, mostrando uma série de prédios e edifícios
A oferta final para o ano de 2021 foi de 3,8% de crescimento (Foto: 4kclips/Shutterstock)

23/02/2022 | 14:52 –  Uma pesquisa feita pela Câmara Brasileira da Industria da Construção (CBIC) e divulgada em 21 de fevereiro constatou que a quantidade de lançamentos de imóveis foi superior à de vendas em 2021.

O número de vendas de imóveis novos cresceu 12,8% ao longo do ano passado — em comparação com 2020 —, ao passo que os lançamentos registraram aumento de 25,9%. Assim, a oferta final para o ano de 2021 foi de 3,8% de crescimento.

Esses números são ainda mais discrepantes na comparação entre o último trimestre de 2021 e o trimestre anterior: as vendas demonstraram elevação de 3,6%, e os lançamentos cresceram 24%. A oferta final ficou em 10,4%.

O resultado, na análise da CBIC, é fruto das fortes alterações no cenário econômico ao longo do período analisado. Entre os principais fatores, está a elevação dos custos de insumos da construção, e a redução efetiva no poder de compra das famílias.

O vice-presidente de área da Comissão da Indústria Imobiliária da CBIC, Celso Petrucci, ainda apontou mais um motivo decisório nesse desfecho: o aumento de 6,12% no preço dos imóveis somente no último trimestre de 2021, em relação ao trimestre anterior. Para ele, as construtoras não estavam repassando o aumento nos custos aos preços dos imóveis, mas agora o consumidor final está absorvendo a elevação dos preços dos materiais.

“Tivemos esse crescimento de 6%, mas, quando observamos a curva do INCC, não houve reposição total de preço. Outra coisa bem característica é o fato de ser muito mais difícil repor preço no programa Casa Verde Amarela do que nas unidades de mercado, pois acaba saindo do bolso do consumidor essa diferença”, destacou Petrucci.

No último trimestre de 2021, em relação ao trimestre anterior, o número de lançamentos no programa Casa Verde e Amarela (CVA) subiu 28,3%, as vendas caíram 0,3% e a oferta final registrou alta de 12,1%.

Quanto aos dados regionais, foram contempladas 176 cidades — sendo 22 capitais — na pesquisa. No quesito “vendas”, a região Nordeste registrou o maior percentual de crescimento (+16,7%), seguida da região Sudeste (14,3%), Centro-Oeste (11,1%) e Sul (8,2%). A região Norte registrou queda de 4,6%.

No quesito “lançamentos”, a região Sudeste liderou o ranking, com crescimento de 32% para o ano. Em segundo lugar, ficou a região Centro-Oeste (29,3%), seguida pelo Nordeste (22,1%), Sul (11,8%) e Norte (0,8%).

Ao considerar o item “intenção de compra”, 62% das pessoas afirmaram não possuir intenção de compra de imóveis no país; 20% têm intenção, mas não começaram a procurar ativamente; 12% possuem intenção, mas procuraram apenas na internet, e 6% têm intenção e já começaram a visitar imóveis e estandes de vendas.

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