Puxado pela mão de obra, custo da construção cresce 1,36% em junho
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Dados divulgados pelo IBRE-FGV mostram que a mão de obra ficou 2,48% mais cara no mês, enquanto os preços de serviços, materiais e equipamentos se mantiveram estáveis

A CNI também divulgou a sondagem da indústria da construção com os registros de maio e as expectativas para junho (crédito: CoolKengzz/Shutterstock.com)
28/06/2017 | 14:20 – O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE-FGV), registrou alta de 1,36% no mês de junho. O resultado aponta para uma aceleração em relação a maio, quando a alta foi de 0,13%.
O principal fator que puxou a inflação em junho foi o custo da mão de obra, que ficou 2,48% mais cara. Profissionais técnicos (2,65%), especializados (2,39%) e auxiliares (2,35%) foram o que registram maior alta. No acumulado de 12 meses, a inflação da mão de obra teve um acréscimo de 8,13%.
Os preços de materiais, equipamentos e serviços praticamente mantiveram os níveis do mês anterior, com pequena variação positiva de 0,02%. Os serviços ficaram 0,39% mais caros, enquanto os materiais e equipamentos, 0,08% mais baratos.
Sondagem da Indústria da Construção
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também divulgou ontem a Sondagem da Indústria da Construção com os índices de maio e as expectativas para junho.
Os indicadores de nível de atividade e o número de empregados atingiram 44,1 e 42,7 pontos, respectivamente. Ao longo de 12 meses, os indicadores aumentaram cerca de 6,5 pontos, mostrando que embora a indústria siga demitindo, o ritmo está menor. O nível de ociosidade bateu os 30,3 pontos em maio, e apesar do aumento em relação a abril (29,6), o dado está bem abaixo da linha divisória dos 50 pontos.
Os índices de expectativa permaneceram estáveis pelo segundo mês consecutivo. Os indicadores de expectativa do nível de atividade e de novos empreendimentos registraram uma pequena variação de - 0,8 e - 0,3 pontos entre maio e junho. Já os indicadores de expectativa do número de empregos e de compras de insumos e materiais primas oscilou - 0,2 pontos no mesmo período.
Por fim, os empresários entrevistados se mostraram menos propensos para investir em junho – o índice de intenção atingiu 27.2 pontos, queda de 1,3 pontos em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo período de 2016, o indicador apresenta variação de 0,3 pontos.

