Projeção de crescimento da economia aumenta para 2,7%
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
O Ministério da Economia também aposta em um declínio da inflação, segundo Boletim MacroFiscal

O Ministério da Economia acredita em uma continuidade do crescimento da atividade até o fim de 2022 (Foto: RHJPhtotos/Shutterstock)
16/09/2022 | 11:49 — Mais crescimento, menos inflação — essas são as projeções da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, divulgadas pelo Boletim MacroFiscal. Publicado na última quinta-feira (15), o informativo mostra que a estimativa da SPE é que o crescimento da economia aumente para 2,7% e a estimativa para a inflação apresente queda significativa no ano.
Segundo a instituição, o resultado promissor para a atividade econômica em 2022 se deve, em especial, ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB, que representa a soma dos bens e dos serviços produzidos no país). Considerando o desenvolvimento relativo ao segundo trimestre, o PIB registrou crescimento de 1,2% (de 2% em julho para 2,7% em agosto).
Ao justificar o resultado, a SPE afirma que a conduta é um reflexo direto do aumento do emprego, do desempenho do setor de serviços e da elevação da taxa de investimento. “O crescimento do PIB tem sido muito superior ao estimado e à tendência positiva dos indicadores já divulgados para o terceiro trimestre de 2022”, informou a SPE.
Assim, de acordo com os cálculos, o indicador passa a acumular alta de 2,5% somente no primeiro semestre. Em 2021, o PIB do Brasil para o ano inteiro cresceu 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões.
Um dos agentes responsáveis pelo apuramento relativo ao PIB, o mercado de trabalho registrou expansão no trimestre encerrado em julho, com taxa de desocupação reduzindo para 9,1%.
Acompanhando os dados acerca do mercado, o contingente de trabalhadores é outro que surpreendeu os especialistas ao totalizar quase 100 milhões — um recorde na série histórica, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao indicador do setor de serviços, o resultado também é de expansão, de quase 4,5% nos últimos três trimestres.
Previsões
Ao divulgar as expectativas para os próximos períodos, o Ministério da Economia conta que acredita em uma continuidade do crescimento da atividade até o fim de 2022. A conduta, entretanto, não deve se manter crescente no próximo ano — considerando riscos externos como a desaceleração do crescimento global e os impactos da guerra na Ucrânia.
Nesse contexto, a SPE realizou uma revisão das taxas de crescimento que auxiliam a composição das projeções, e afirmou que acredita em um avanço moderado para o próximo ano. As estimativas ficaram, então, em crescimento do PIB brasileiro de 2,5% para os próximos anos, considerando o intervalo entre 2023 e 2026.
Inflação
Definida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção da inflação para 2022 recuou de 7,2% para 6,3%. O resultado, entretanto, ainda é superior à meta de inflação pelo ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional em 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (mínima de 2% e máxima de 5%).
No ano, o IPCA já acumula alta de 4,39% e, em 12 meses, o índice total está em 8,73%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para estabelecer o valor do salário-mínimo, deverá encerrar este ano com variação de 6,54%, segundo a previsão da SPE, queda de 0,87 ponto percentual em relação ao boletim anterior. A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui também o setor atacadista e o custo da construção civil, além do consumidor final, é de 9,44%, abaixo da variação verificada na grade anterior, de 11,51%, e inferior à taxa registrada em 2021, de 17,74%.

