Produção industrial registra estabilidade em junho
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Os dados, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), foram divulgados no boletim da Sondagem Industrial

Para a pesquisa de junho foram entrevistadas 1.853 empresas (Foto: Gorodenkoff/Shutterstock)
15/07/2022 | 13:10 – Após registrar crescimento em maio, a produção industrial brasileira se manteve estável durante o mês de junho de 2022. Os dados, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), foram divulgados no boletim da Sondagem Industrial, que registrou 50,1 pontos para o índice no sexto mês do ano.
O resultado, avaliado sob uma escala de 0 a 100 pontos, indica estabilidade, já que valores acima de 50 são considerados promissores (indicando aumento do emprego, da produção ou do estoque), e abaixo de 50 são considerados desfavoráveis (sinalizando declínios nas atividades). Em maio, o resultado foi de 53,6 pontos.
O boletim ainda reúne dados sobre a evolução da produção, o número de empregos, de estoques e outros índices. Em junho, especificamente, o destaque foi dado à quantidade de empregos criados na indústria — que cresceu, ao registrar 50,8 pontos. Para a CNI, o comportamento de junho mostra uma manutenção no ritmo da produção, “embora usualmente se verifique uma queda no período”.
Segundo a pesquisa, o principal problema levantado pelas indústrias brasileiras é a falta ou o alto custo das matérias-primas — adversidade mencionada por 52,8% das empresas entrevistadas no segundo trimestre de 2022. Este é o oitavo trimestre consecutivo que as empresas apontam dificuldades relacionadas aos insumos como principal questão do setor.
No ranking dos principais entraves do segmento, a elevada carga tributária aparece em segundo lugar — preocupando 30,9% dos empresários industriais. Esse resultado foi praticamente o mesmo do trimestre anterior, apresentando leve alta de 0,5 ponto percentual (pp).
“As taxas de juros elevadas apresentaram, pela quinta vez consecutiva, um aumento nas assinalações, passando a ocupar a terceira posição do ranking, com 24,3% de assinalações. O problema teve um aumento nas assinalações neste trimestre de 3,5 pp. Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, o percentual aumentou 16,7 pontos”, argumentou a CNI.
Para a pesquisa de junho foram entrevistadas 1.853 empresas, sendo 730 pequeno porte, 660 médio porte e 463 de grande porte entre 1º e 11 de julho de 2022.

