Produção industrial cresce após queda de 0,3%
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Apesar do avanço, o indicador ainda permanece em patamar abaixo do nível pré-pandemia

Dentre as atividades que compõem o índice, a maior influência positiva veio do setor de produtos alimentícios (Foto: Gorodenkoff/Shutterstock)
05/09/2022 | 12:20 – Segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial brasileira avançou 0,6% durante o mês de julho, depois de recuar 0,3% em junho deste ano. O resultado não foi tão promissor na comparação anual, que registrou queda de 0,5% e perda acumulada no ano de 2%. Em 12 meses, o declínio é de 3%.
Apesar do crescimento, o setor ainda se encontra 0,8% abaixo do patamar pré-pandemia e 17,3% abaixo do nível recorde, registrado em maio de 2011. Uma das justificativas para isso é a avaliação acerca das atividades que compõem o índice, que, durante o mês de julho, registrou queda em 16 delas, apesar da alta em outras 10.
Dentre as atividades, a maior influência positiva veio do setor de produtos alimentícios, com alta de 4,3%. Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo — que aponta uma melhora do índice ao longo do período, apesar da perda acumulada no ano —, esse foi o terceiro mês seguido de avanço na atividade industrial, que acumula ganhos de 7,3%.
Também tiveram crescimento as indústrias de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com alta de 2% em julho após recuar 1,3% no mês anterior; e as indústrias extrativas, que subiram 2,1%, acumulando expansão de 5% em dois meses.
As principais quedas foram registradas em máquinas e equipamentos, com declínio de 10,4%; outros produtos químicos, com redução de 9%; e veículos automotores, reboques e carrocerias, que registraram variação negativa de 5,7%.
Categorias econômicas
Entre as quatro grandes categorias econômicas, duas avançaram na passagem de junho para julho: a de bens intermediários, com crescimento de 2,2% (eliminou a perda acumulada nos dois meses anteriores) e a de bens de consumo semi e não duráveis, que subiram 1,6%, após queda de 0,9% em junho.
As quedas são provenientes dos produtores de bens de consumo duráveis (-7,8%), interrompendo dois meses seguidos em que acumulou alta de 10,2%; e de bens de capital (-3,7%), intensificando a queda de 1,9% registrada em junho.
Comparação anual
Ao comparar os resultados de julho de 2022 com o mesmo período de 2021, o pior desempenho foi o de outros produtos químicos, com queda de 9,9%, seguidos de máquinas e equipamentos (-9,3%), indústrias extrativas (-3,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13%) e produtos de metal (-9,2%).
Por outro lado, dez atividades registraram crescimento, sendo que as principais foram os segmentos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (8,6%), com o aumento na produção dos itens óleos combustíveis, óleo diesel, naftas para petroquímica, gasolina automotiva e querosenes de aviação; e produtos alimentícios (4,3%), com a maior produção de açúcar cristal, biscoitos e bolachas, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e carnes de suínos congeladas.

