Produção industrial brasileira cresce após dois meses de queda
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo IBGE

As atividades econômicas que exerceram maior influência positiva no mês foram produtos alimentícios e metalurgia (Foto: BY BRAZIL/Shutterstock)
05/12/2022 | 14:56 — Depois de dois meses de queda, a produção industrial brasileira registrou elevação de 0,3%, na passagem de setembro para outubro. Até o momento, o indicador havia acumulado perda de 1,3%, e, com o resultado, o setor passou a ocupar uma posição 2,1% abaixo do patamar pré-pandemia.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também constatou expansão em apenas sete dos 26 ramos industriais pesquisados. Em relação a outubro de 2021, a indústria registrou avanço de 1,7%. No acumulado do ano até outubro de 2022, o índice acumula queda de 0,8% e, em 12 meses, recuo de 1,4%.
Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, embora a produção industrial tenha mostrado alguma melhora no início do ano ao marcar resultados positivos por quatro meses em sequência, nos últimos meses o setor apresenta um comportamento predominantemente negativo. “Nos últimos cinco meses, em três oportunidades, observa-se queda na produção e com a característica de um número maior de atividades industriais no campo negativo, permanecendo longe de recuperar as perdas de um passado recente”, ele disse.
Em contrapartida, as atividades econômicas que exerceram maior influência positiva no mês foram produtos alimentícios (4,8%) e metalurgia (4,6%), com a primeira eliminando parte da perda de 7,1% acumulada em setembro e agosto. Já a segunda voltou a crescer após recuar 7,6% no mês anterior.
“Por outro lado, veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,7%), máquinas e equipamentos (-9,1%) e bebidas (-9,3%) exerceram os principais impactos negativos em outubro, com a primeira marcando o segundo mês seguido de redução na produção e acumulando perda de 6,8% nesse período; a segunda eliminando parte do avanço de 16,9% acumulado nos meses de setembro e agosto; e a última intensificando o recuo verificado no mês anterior (-5,7%)”, disse o IBGE.
Segundo a pesquisa, entre as atividades que tiveram queda, produtos de madeira (-24,5%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,3%), bebidas (-5,9%) e metalurgia (-3,7%) anotaram maior impacto sobre a indústria.

