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Prévia da inflação registra recuo em setembro

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Preço dos combustíveis influenciou o resultado significativamente

foto de moedas do real brasileiro
No acumulado do ano, o IPCA-15 avançou 4,63% (Foto: rafastockbr/Shutterstock)

28/09/2022 | 11:02  Ao registrar a segunda queda consecutiva no Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), a prévia da inflação para setembro registrou declínio de 0,37%. Em agosto, a queda foi de 0,73%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a conduta foi diretamente influenciada pelo preço dos combustíveis — em especial, a redução no preço da gasolina.

No acumulado do ano, por sua vez, o IPCA-15 avançou 4,63%. Nos últimos 12 meses, desacelerou para 7,96% — abaixo dos 9,60% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2021, o índice foi de 1,14%. Já o IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado trimestralmente, teve queda de 0,97%.

Apesar do resultado promissor, ainda que tenha registrado deflação, apenas três grupos de produtos e serviços (entre nove pesquisados) apresentaram queda no nono mês do ano. Eles são:

Transportes, que registrou recuo de 2,35% e contribuição de -0,49% no índice, com desempenho expressivo dos subitens etanol (-10,10%), gasolina (-9,78%), óleo diesel (-5,40%) e gás veicular (-0,30%);
Comunicação, que teve queda de 2,74% e desempenho expressivo nos preços dos planos de telefonia fixa (-6,58%), de telefonia móvel (-1,36%), nos pacotes de acesso à internet (-10,57%), nos combos de telefonia, internet e TV por assinatura (-2,72%) e nos aparelhos telefônicos (-0,99%); e
Alimentação, com declínio de 0,47% e desempenho expressivo do óleo de soja (-6,50%), tomate (-8,04%) e leite longa vida (-12,01%)

Os demais seis grupos pesquisados apresentaram alta no IPCA-15 de setembro, com destaque para Vestuário (1,66%). O grupo de Saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,94% e o de Habitação teve elevação de 0,47%. Em relação às regiões, das 11 áreas pesquisadas, nove registraram deflação, sendo a conduta mais expressiva registrada em Recife (-0,93%). Belém apresentou o maior aumento (0,50%).

Segundo o IBGE, a diferença entre o IPCA-15 e o IPCA, que é o indicador da inflação oficial do país, está somente no período de coleta e na abrangência geográfica. Para o cálculo do IPCA-15 de setembro, os preços foram coletados no período de 13 de agosto a 14 de setembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de julho a 12 de agosto de 2022 (base).

“O IPCA-15 refere-se a famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia”, explica o IBGE.

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