Potência da energia solar no Brasil supera a de hidrelétrica em Itaipu
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
A energia fotovoltaica acaba de superar a marca histórica de 14 gigawatts (GW)

Os dados são do mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) (Foto: Ruslan Ivantsov/Shutterstock)
04/04/2022 | 14:36 – O Brasil acaba de superar um marco histórico na geração de energia solar: a potência operacional de origem fotovoltaica ultrapassou os 14 gigawatts (GW) de capacidade fornecidos pela usina hidrelétrica de Itaipu.
Os dados são do mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), que considerou, além das usinas de grande porte de energia solar, os sistemas de geração de energia própria em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
A pesquisa também detalha as novidades em nível financeiro: até o momento, segundo a ABSOLAR, a energia fotovoltaica é o foco de investimentos que totalizam R$ 74,6 bilhões em aportes no Brasil.
Além disso, os dados apontam que a fonte de energia já é responsável por arrecadar cerca de R$ 20,9 bilhões aos cofres públicos e por gerar mais de 420 mil empregos desde 2012. Quanto à sustentabilidade — o foco principal da adesão a esse sistema —, os resultados registram a redução de 18 milhões de toneladas na emissão de CO2, que seriam expelidas por outras fontes de energia.
O CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, vê o avanço da energia solar no país como um critério fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental no Brasil, considerando desde os maiores e mais complexos sistemas aos mais simples.
“A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de aumentos ainda maiores na conta de luz da população. As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, ele comenta.
Expectativas
A entidade ainda estima um crescimento acelerado na aderência ao sistema de energia solar em 2022 no Brasil — principalmente ao considerar o aumento nas tarifas de energia elétrica e a lei que entrará em vigor, de nº 14.300/2022, responsável pela criação do marco legal da geração própria de energia.
O presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, acredita que esse seja o melhor momento para investir em energia solar no país, devido ao novo aumento previsto na conta de luz dos brasileiros. “Quem aderir a sistemas solares em seus telhados até janeiro de 2023 poderá contar, ainda, com um período de transição assegurado por lei, que garante, até 2045, a manutenção das regras atuais.”
Cenário atual
As usinas solares, hoje, são a sexta maior fonte de geração de energia no Brasil. O sistema é encontrado em todas as regiões do país, com empreendimentos em operação em 19 estados brasileiros.
São fornecidos 4,7 GW de potência através de usinas fotovoltaicas de grande porte — o equivalente a 2,4% da base energética brasileira — e outros 31,6 GW já estão em desenvolvimento.
Segundo Koloszuk, além de competitiva e acessível, a energia solar é rápida de instalar e ajuda a aliviar o bolso dos consumidores, reduzindo em até 90% seus gastos com energia elétrica. “Energia elétrica competitiva e limpa é fundamental para o País recuperar a sua economia e conseguir crescer. A fonte solar é parte desta solução e um verdadeiro motor de geração de oportunidades e novos empregos”, conclui.

