Polícia Federal realiza operação para combater extração ilegal de areia no RJ
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
A Delegacia de Polícia Federal deflagrou a Operação Peneira, na Baixada Fluminense, para reprimir a extração mineral clandestina. A venda da areia não contemplava impostos

A ação foi colocada em prática na região da Seropédica, no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
23/11/2021 | 11:29 – A Delegacia de Polícia Federal deu início à Operação Peneira, na Baixada Fluminense, para conter a extração mineral ilícita de areia. A ação foi colocada em prática na região da Seropédica, em parceria com a Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico e a Agência Nacional de Mineração (ANM).
O local da extração ilegal é o Rio Guandu — a principal fonte de abastecimento hídrico de uma série de municípios do Estado do Rio de Janeiro. No ato, um dos responsáveis foi preso em flagrante e foram apreendidos documentos, uma retroescavadeira e um caminhão.
Descobriu-se que a areia coletada era vendida em lojas de material de construção, que, posteriormente, a revendiam sem o pagamento de impostos. Para concluir a operação, foram coletadas informações com o fim de subsidiar as investigações contra outros envolvidos na exploração da área. O nome da operação, Peneira, faz referência à divisão entre atividades autorizadas e clandestinas.
Meio Ambiente
Além de um delito ambiental, a extração ilegal ainda representa crime de usurpação do patrimônio da União. Ela causa uma série de danos ecossistêmicos e pode ter influência no próprio cotidiano populacional e de outros municípios. Esses danos representam a eliminação da flora e fauna locais, contaminação da água por detritos — desde combustíveis a substâncias do próprio solo — e transformação dos lençóis freáticos. A prática ainda esteriliza e inutiliza todo o terreno explorado, que provoca profundos lagos de lama e montes de areia, abandonados ao se tornarem improdutivos.

