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Odebrecht tem projeto de zona franca e industrial em Moçambique

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

O local tem vocação para ser um centro logístico formado por porto de águas profundas, ferrovia e aeroporto

23 de junho de 2014 - A região de Nacala, no norte de Moçambique, poderá firmar-se como um novo polo de desenvolvimento do país. O local tem vocação para ser um centro logístico formado por porto de águas profundas, ferrovia e aeroporto. Depois de entregar o Aeroporto de Nacala, em agosto, construído a partir de antiga base aérea, a Odebrecht quer desenvolver a infraestrutura para implantar na região uma zona franca e industrial.

A empreiteira brasileira apresentou ao governo de Moçambique projeto-piloto de um polo industrial com investimentos de US$ 100 milhões, dos quais US$ 40 milhões podem ser financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os recursos serão aplicados em obras nas áreas de energia elétrica, água e saneamento básico em terreno de 30 hectares, disse Miguel Peres, diretor-superintendente da Odebrecht Moçambique.

Outro projeto no qual a Odebrecht aposta é a implantação de corredor expresso de ônibus, o chamado BRT, na capital Maputo. O corredor terá 17 quilômetros e vai se estender de norte a sul da capital moçambicana. O investimento no empreendimento é de US$ 220 milhões, dos quais US$ 180 milhões financiados pelo BNDES. Os recursos serão aplicados em obras e na compra de ônibus, mas o governo local ainda avalia o projeto.

Maputo e o resto do país têm problemas com o transporte público. É comum ver caminhonetes carregando dezenas de pessoas em caçambas abertas, sem nenhuma proteção. Há ainda transporte em microônibus chamados de "chapas", que costumam circular cheias. Em anos recentes, a última vez em 2010, houve protestos em Maputo depois que o governo aumentou o preço da "chapa", da gasolina e do pão em um mesmo dia.

Peres disse que a Odebrecht tem também um projeto agrícola em Moçambique com foco na produção de amido modificado de mandioca, com investimento de US$ 15 milhões. A empresa está identificando áreas para desenvolver o projeto com foco na região de Nacala e Nampula, uma das principais cidades do país.

A Odebrecht chegou a Moçambique em meados dos anos 2000, depois de uma primeira tentativa nos anos de 1990, para trabalhar com a Vale no projeto de produção de carvão de Moatize I, na província de Tete, e agora participa da expansão do projeto, em Moatize II. A empreiteira brasileira também fez um terminal no porto da Beira, no centro do país, utilizado pela Vale para exportar carvão.

Fonte: Valor econômico

 

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