Manejo de resíduos sólidos evolui no Brasil, segundo diagnóstico
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Mais de 92,7 milhões de toneladas de resíduos sólidos foram destinadas às unidades de processamento no Brasil em 2020, de acordo com pesquisa feita com dados do SNIS

O documento contém os resultados da parceria firmada entre o SNIS e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), (Foto: Zula Albab/Shutterstock)
08/09/2022 | 09:56 – O Ministério do Desenvolvimento Regional divulgou, na última terça-feira (6), o Diagnóstico Temático sobre a Infraestrutura para o Manejo de Resíduos Sólidos (RSU) — uma pesquisa sobre saneamento básico a partir de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
Segundo o documento — que contém os resultados da parceria firmada entre o SNIS e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além do intuito de formular Indicadores Brasileiros dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) —, mais de 92,7 milhões de toneladas de resíduos sólidos foram destinadas às unidades de processamento de resíduos sólidos no Brasil, durante o ano de 2020. Do total, 65,3 milhões de toneladas foram destinadas a lixões, aterros controlados e aterros sanitários.
São, ao todo, 5.018 unidades de RSU em operação e 2.814 lixões, aterros controlados ou aterros sanitários — que receberam, respectivamente, 9,6 milhões de toneladas, 7,6 milhões de toneladas e 48,2 milhões de toneladas. O SNIS identificou também a movimentação de 10,9 milhões de toneladas em 202 unidades de transbordo.
No documento, também se constatou que a massa recuperada de resíduos sólidos recicláveis por habitantes urbanos possui o índice médio de 7,99 kg/habitante por ano, sendo que o percentual de recuperação de recicláveis secos em relação à massa total de resíduos domiciliares e resíduos públicos coletada nos municípios da amostra é de 2,17%.
O Documento que reúne informações sobre a prestação do serviço de saneamento no país já é o 11º diagnóstico realizado pela Secretaria Nacional de Saneamento (SNS), que, além de resíduos sólidos, ainda trata dos temas águas pluviais e água e esgotos. Esta, entretanto, é a última publicação acerca do tema, segundo o coordenador-geral de Gestão Integrada da SNS, Paulo Rogério.
“Com esta publicação, estamos concluindo todo o ciclo de publicações dos diagnósticos referentes ao manejo de resíduos sólidos no Brasil. Além deste, teremos ainda a conclusão dos demais diagnósticos temáticos. O próximo lançamento do SNIS será no dia 4 de outubro. Apresentaremos o Diagnóstico Temático sobre a Gestão de Riscos para Drenagem e Manejo de Águas Pluviais", adiantou.
O SNIS é o sistema de informações do setor de saneamento brasileiro, gerenciado pela SNS, e reúne informações de caráter operacional, gerencial, financeiro e de qualidade dos serviços de água e esgotos (desde 1995), manejo de resíduos sólidos urbanos (desde 2002) e manejo das águas pluviais urbanas (desde 2015).

