Live aborda uso da construção industrializada para retomada pós Covid-19
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Evento teve patrocínio da Gerdau e contou com uma apresentação de Luiz Henrique Ceotto, sócio da construtora e incorporadora Urbic e professor visitante da Poli-USP
02/07/2020 | 11:56 - O Portal AECweb, realizou na última terça-feira (30/06), mais uma AEClive, desta vez abordando o tema “Industrialização na construção civil – Soluções para retomada pós Covid-19”. O evento teve patrocínio da Gerdau e contou com uma apresentação de Luiz Henrique Ceotto – sócio da construtora e incorporadora Urbic e professor visitante da Poli-USP – que explicou um case de sua empresa e exemplificou a importância da construção industrializada.
Após sua palestra, houve uma sessão de perguntas e respostas, que teve a participação também de Maurício Silveira Martins, especialista de marketing de concreto armado da Gerdau, e Rosane Bevilaqua, coordenadora de atendimento técnico da Gerdau.
CICLO DE NEGÓCIOS
Luiz Henrique Ceotto apresentou o plano estratégico de sua empresa para acelerar a execução de obras e, em seguida, mostrou como a construção industrializada serviu de suporte para cumprir este objetivo.
Ceotto explicou que, atualmente no Brasil, o ciclo de negócios de projetos da construção civil dura de quatro a seis anos, ou seja, as obras levam um longo período para serem concluídas. Visando se destacar em relação à concorrência, o profissional informou que sua empresa atua para encurtar este prazo com o intuito de viabilizar a conclusão das obras em 12 a 16 meses.
Para isto, a Urbic montou um ciclo de negócios em que as etapas de permuta e aprovação do alvará para construção do projeto levam cerca de quatro meses para serem finalizadas. A partir daí, o tempo de construção do empreendimento dura de 6 a 10 meses e a entrega por volta de 2 meses.
O profissional explicou que, para conseguir executar uma obra em curto prazo, se inspirou em vários aspectos da linha de montagem automobilística, principalmente o conceito de chassi, elemento estrutural que dá suporte para os outros componentes do carro. No caso da construção, o chassi seria a estrutura metálica, já que, segundo Ceotto, ela é naturalmente precisa e exige menor mão de obra para sua montagem do que a estrutura de concreto.
“Você atinge a precisão na estrutura metálica naturalmente, com pouco esforço. Na estrutura de concreto você pode ter precisão a duras penas. É preciso ter um esforço de produção enorme, além de um esforço gerencial e de controle muito grande”, disse.
Outra coisa importante também, de acordo com o profissional, é contratar o mínimo de fornecedores possível.
“A indústria automobilística tem de 18 a 20 fornecedores, enquanto a construção civil tem normalmente 200, 400 e em obras grandes chega a até 800 fornecedores. Isso significa que você não consegue gerenciar e extrair valor desta cadeia de fornecedor”.
Ceotto destacou, ainda, a importância da tecnologia BIM (Building Information Modeling – Modelagem de Informações da Construção) para a execução e planejamento dos projetos.
“O BIM é muito mais do que o elemento do projeto. É uma plataforma de integração de informações e um simulador de planejamento”, explicou.


