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Live aborda impactos da pandemia na arquitetura residencial e comercial

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Evento contou com a participação de arquitetos que passaram uma visão completa das transformações pelas quais o setor passará nos próximos meses

Clique aqui para assistir à live na íntegra

30/06/2020 | 11:57 – A Galeria da Arquitetura, realizou na última sexta-feira (26/06), mais uma live, desta vez abordando os impactos da pandemia na arquitetura residencial e comercial. Com correalização da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-SP), o evento contou com a participação de arquitetos que passaram uma visão completa das transformações pelas quais o setor passará nos próximos meses.

Participaram do evento:

Pierina Piemonte de Bermejo ‐ sócia do Leonetti Piemonte Arquitetura e VP de comunicação da AsBEA-SP
Caio Bacci Marin ‐ sócio-fundador do Bacci Marin Arquitetos Associados e VP dos Grupos de Trabalho da AsBEA-SP
Vanessa Paiva - Sócia do escritório Paiva e Passarini Arquitetura
Nathan Bampi - Diretor Comercial da Pado
Fabio José Riccó - Fundador e Diretor na Hub Móveis

Caio Bacci Marin, sócio-fundador do Bacci Marin Arquitetos Associados e VP dos Grupos de Trabalho da AsBEA-SP – informou que a implementação do trabalho remoto (home office) trouxe um grande aprendizado para a maioria das empresas, e a tendência é de que este método de trabalho continue com força após a pandemia. Sendo assim, os empreendimentos residenciais deverão requalificar suas áreas comuns, visando maior flexibilidade.

“O mesmo espaço que antes servia para o salão de festas, hoje já somos obrigados a pensar em sobreposição de utilidade. Então, este espaço pode ser um coworking coletivo. Essa área coletiva é fundamental”, informou.

Vanessa Paiva, sócia do escritório Paiva e Passarini Arquitetura, disse que o setor da arquitetura se adaptou de forma rápida ao novo quadro proporcionado pela pandemia e o cliente pôde perceber isso. Para Vanessa, a arquitetura é uma janela de possibilidades dentro do atual cenário, pois viabiliza a adaptação do espaço de trabalho de todos os setores.

A profissional também informou que algumas macrotendências das áreas residenciais que já estavam acontecendo antes da pandemia, foram aceleradas com a crise. O espaço de home office já existia antes, mas a necessidade de isolamento social destacou ainda mais sua importância. Segundo ela, a preocupação agora é a criação de um espaço de home office que comporte mais de uma pessoa.

Outra questão que pode ser repensada com a pandemia é a necessidade da construção de uma pia ou bancada para higienização próxima a entrada das residências, ou mesmo a criação de um lavabo nesta área.

Pierina Piemonte de Bermejo, sócia do Leonetti Piemonte Arquitetura e VP de comunicação da AsBEA-SP, informou que vê um potencial futuro para o home office desde que o método de trabalho seja bem estruturado. Segundo ela, muitas empresas já têm questionado os espaços atuais de trabalho visando se adaptar para o futuro pós pandemia.

“Sem dúvida a gente caminha para um modo de trabalhar muito mais híbrido e flexível. A tendência real que vemos é a instalação de home office duas ou três vezes por semana nas empresas, o que irá contribuir para a liberação de espaços nos ambientes corporativos. Não haverá a necessidade de mesas para todos e começará a diminuir o percentual de estações de trabalho”, completa.

Fabio José Riccó, fundador e diretor na Hub Móveis, disse que nos primeiros meses da quarentena sua empresa estava oferecendo produtos corporativos para que os clientes utilizassem no ambiente de trabalho remoto. Entretanto, nas últimas semanas, a empresa decidiu desenvolver itens de uso flexível, com aspectos mais residenciais do que corporativos.

A intenção é que os produtos sejam usados tanto para o home office quanto para atividades de educação e lazer. Desta forma, segundo Fábio, o usuário não irá associar o item somente ao trabalho.

Nathan Bampi, diretor comercial da Pado, informou que, com as novas demandas tecnológicas propiciadas pela pandemia, os produtos eletrônicos têm ganhado mais relevância. Segundo ele, houve um aumento de demanda das fechaduras eletrônicas.

“Percebemos que nós como uma indústria tradicional metalúrgica iremos nos tornar uma empresa de tecnologia”, concluiu.

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