Inflação da construção recua em julho

O declínio foi causado, em especial, pelos componentes de Materiais, Equipamentos e Serviços e de Mão de Obra

26/07/2022 | 14:09 – O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) recuou em julho. Com declínio de 2,81% no mês passado para 1,16% neste mês, o resultado também representa declínio na comparação anual, já que, em julho de 2021, o índice chegou a 1,24%.

Os dados, da Fundação Getulio Vargas (FGV), também indicam desaceleração na taxa acumulada em 12 meses pelo indicador, que foi de 11,75% para 11,66%. A inflação no ano, por sua vez, ficou em 8,44%.

O declínio se deve, em especial, à queda nas taxas dos componentes de Materiais, Equipamentos e Serviços (1,40% para 0,60%) e de Mão de Obra (4,37% para 1,76%).

Os componentes de Materiais, Equipamentos e Serviços foram influenciados pelos materiais para estrutura, que apresentaram redução de 2,62% para 0,63% nas taxas. Já o de mão de obra foi puxado pelo índice de serviços, que desacelerou de 0,50% para 0,49% nas taxas para o período.

Os principais impactos na conduta do INCC-M de julho foram dos condutores elétricos (-4,33% para -1,53%), vergalhões e arames de aço ao carbono (6,76% para -0,39%), compensados (0,16% para -0,82%) e tubos e conexões de PVC (0,26% para -0,10%).

Em contrapartida, ajudaram a conter a desaceleração do índice os itens ajudante especializado (4,58% para 1,68%), servente (4,13% para 1,51%), pedreiro (5,08% para 1,71%), seguidos por carpinteiro (4,56% para 1,80%) e engenheiro (3,24% para 1,93%).

Nas capitais, o INCC-M também registrou desaceleração em seis das sete cidades participantes da pesquisa. Elas são: Recife (5,28% para 0,47%), São Paulo (4,11% para 0,97%), Rio de Janeiro (2,80% para 0,55%), Brasília (2,47% para 0,42%), Belo Horizonte (0,50% para 0,24%) e Salvador (1,42% para 1,23%). Por outro lado, o índice acelerou em Porto Alegre (0,43% para 4,31%).