Indústria da construção tem queda no emprego
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
O nível de emprego ficou em 34,7 pontos em agosto, contra 36,0 em julho e 43,5 em agosto de 2014
28 de setembro de 2015 - A indústria da construção apresentou, em agosto, um agravamento do quadro negativo, informou na sexta-feira (25) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os dados de atividade, emprego e utilização da capacidade tiveram retração no mês passado.
O nível de emprego ficou em 34,7 pontos em agosto, contra 36,0 em julho e 43,5 em agosto de 2014. Já o nível de atividade ficou em 36,2 pontos no mês passado, resultado pior que os 38,2 de julho e os 43,0 pontos de um ano antes.
O uso da capacidade de operação, medido de 0% a 100%, registrou um nível de 58% no mês passado. Em julho, o índice estava em 60%. Em agosto de 2014, 67%. De acordo com a CNI, o porcentual registrado em agosto é o menor da série do índice, com início em 2012.
A CNI explica que a indústria da construção tem maiores condições de adaptar sua capacidade à demanda do mercado. "Contudo, os empresários estão sendo surpreendidos por quedas mais intensas do que as antecipadas inicialmente, o que dificulta esse ajuste."
A entidade acrescenta que, adicionalmente, "problemas financeiros dos clientes impõem às indústrias do setor a necessidade de alongamento de prazos da entrega das obras, o que exige a manutenção de quadros ociosos por mais tempo".
Expectativas
De acordo com a sondagem, que ainda apresenta um levantamento de expectativas do setor para os próximos seis meses, a indústria da construção apresenta dados ainda mais pessimistas. Com metodologia em que índices abaixo de 50 representam expectativa de queda, todos os dados deste mês apresentaram resultados inferiores a 40 pontos.
Segundo a CNI, o índice de intenção de investimento na construção é o menor entre os segmentos industriais considerados com 26,0 pontos. O dado da indústria extrativa ficou em 45,4 pontos e o da transformação em 39,0 pontos.
Os dados mostram ainda que a expectativa para o nível de atividade nos próximos seis meses ficou em 39,5 pontos. Com relação a novos empreendimentos e serviços, o índice chegou a 37,9. Para o número de empregados, o dado ficou em 37,3 pontos e para compra de insumos e matérias-primas, 37,1 pontos.

