Índice Nacional da Construção Civil sobe em janeiro
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Alteração de 0,72% é a menor desde agosto de 2021, de acordo com o IBGE

Dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (Foto: Chaiya/Shutterstock)
10/02/2022 | 16:09 – O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) cresceu 0,72% no primeiro mês de 2022, de acordo com a pesquisa divulgada ontem (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados indicam elevação de 0,20% em relação ao INCC de dezembro de 2021, quando o crescimento foi de 0,52%. A variação em janeiro de 2022 é a menor desde agosto de 2021.
No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa alcançou 17,17%, ficando abaixo dos 18,65% registrados no período imediatamente anterior. Em janeiro de 2021, o índice ficou em 1,99%.
Augusto Oliveiro, gerente do Sinapi, destacou que janeiro foi o terceiro mês consecutivo em que a parcela dos materiais exerceu menor pressão na variação mensal, o que marcou o início de 2022. Em novembro, a alta foi de 1,66%, ao passo que, em dezembro, essa variação ficou em 0,76%. Em janeiro, por sua vez, a elevação foi de 0,63%.
Ele também falou sobre a remuneração da mão de obra, que ganhou aumento. “Janeiro teve como característica o impacto do aumento do salário-mínimo nacional nas categorias sem qualificação, que têm piso muito perto desse valor. O reajuste de serventes e auxiliares não é relacionado aos dissídios captados, porque as empresas precisam se adequar ao novo piso nacional, que teve alta de 10,2%”, explicou.
Assim, o custo nacional da construção por metro quadrado fechou o mês de janeiro em R$ 1.525,48, sendo R$ 915,79 relativos aos materiais e R$ 609,69 à mão de obra. Esse resultado, para o último mês de 2021, foi de R$ 1.514,52.
A variação na parcela dos materiais ficou em 0,63% — um recuo de 0,13 ponto percentual na comparação com dezembro de 2021 (0,76%). “A inflação dos materiais está desacelerando. Estamos inclusive encontrando deflação em certos produtos como os pertencentes do segmento do aço”, completou o presidente.
A parcela dos materiais cresceu em todas as regiões em janeiro: a maior variação regional foi na Região Norte (1,24%), com os ajustes observados no Tocantins. No Nordeste, o aumento ficou em 1,05%; no Sudeste, em 0,48%; no Sul, em 0,32%; e, no Centro-Oeste, em 0,79%. Os custos regionais, por metro quadrado atingiram R$ 1.525,10 no Norte; R$ 1.433,20 no Nordeste; R$ 1.579,80 no Sudeste; R$ 1.599,93 no Sul; e R$ 1.515,22 no Centro-Oeste.
A maior variação mensal entre os estados foi em Alagoas (4,30%), por causa da alta na parcela dos materiais e do dissídio coletivo registrado nas categorias profissionais. Tocantins, com 4,14%, e o Piauí, com 3,34%, também foram destaques.

