Índice Nacional da Construção Civil declina em agosto
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Segundo o IBGE, este foi o segundo menor índice do ano, acima apenas do de fevereiro

Entre o primeiro e o oitavo mês do ano, o indicador passou a acumular taxa de 9,74% (Foto: Engineer studio/Shutterstock)
12/09/2022 | 12:28 — Segundo estudo publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) recuou 0,9% em agosto. A variação foi de 1,48% em julho para 0,58% neste mês. Com o resultado, o acumulado nos últimos 12 meses chegou a 13,61% — um pouco abaixo dos 14,07% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
A instituição também afirmou que o resultado do índice para agosto foi o segundo menor do ano de 2022, já que a única variação menor que a atual foi a de fevereiro. Assim, entre o primeiro e o oitavo mês do ano, o indicador passou a acumular taxa de 9,74%, ao passo que, em agosto do ano passado, o Sinapi ficou em 0,99%.
Entretanto, apesar do declínio, o custo nacional da construção por metro quadrado subiu, se comparado ao mês anterior. Em agosto, o custo total atingiu R$ 1.661,85 — sendo R$ 994,67 relativos aos materiais e R$ 667,18 à mão de obra. No mês passado, esse valor foi de R$ 1.652,27.
O resultado corrobora a afirmação de Augusto Oliveira, gerente do Sinapi. “Temos observado, nos últimos três meses, uma desaceleração nas duas parcelas do índice: tanto no lado dos materiais quanto na mão de obra”, disse.
Além disso, a parcela dos materiais registrou taxa de 0,69%, o que significa queda tanto na comparação com julho (1,38%) quanto com agosto do ano passado (1,62%), ao passo que a mão de obra caiu 1,2 ponto percentual na comparação com julho (1,62%) e chegou a 0,42%.
“Comparando com agosto do ano anterior (0,08%), houve alta de 0,34 ponto percentual. De janeiro a agosto de 2022, os acumulados fecharam em 9,31% (materiais) e 10,38% (mão de obra). Os acumulados em 12 meses ficaram em 14,76% (materiais) e 11,90% (mão de obra)”, apontou o indicador.
As variações regionais, por sua vez, indicaram que o resultado relativo à Região Norte foi o maior de todos, com crescimento de 1,43% em agosto. O IBGE informou que o movimento foi consequência dos acordos coletivos firmados em Rondônia e no Amazonas. Em seguida, encontram-se as Regiões Nordeste (0,22%), Sudeste (0,49%), Sul (0,72%), e Centro-Oeste (1,08%).
Os custos regionais por metro quadrado ficaram em R$ 1.645,35 na Região Norte; R$ 1.549,97 na Nordeste; R$ 1.732,44 na Sudeste; R$ 1.729,30 na Sul e R$ 1.676,13 na Centro-Oeste.
Com a alta na parcela de materiais e com o reajuste das categorias profissionais, Rondônia foi o estado com a maior variação mensal (5,67%).

