Índice de Confiança Empresarial atinge o quinto mês consecutivo de crescimento
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
O indicador é calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre)

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) representa o grau de confiança em quatro setores diferentes: a indústria, os serviços, o comércio e a construção (Foto: Jacob Lund/Shutterstock)
01/09/2022 | 10:58 – Segundo os cálculos apurados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), o Índice de Confiança Empresarial (ICE) avançou 2,2 pontos em agosto, alcançando o patamar de 100,7 pontos. Esse é o maior resultado em de 12 meses, ou seja, desde agosto de 2021, quando atingiu os 102,5 pontos.
A divulgação, que aconteceu hoje (31), também constatou que esse é o quinto mês consecutivo em que o indicador mantém resultados crescentes, considerando médias móveis trimestrais. Além disso, a instituição também anunciou que o resultado se deve à influência direta de duas variantes: a melhora das percepções sobre a situação presente e as expectativas para os próximos meses.
Isso porque o Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) avançou 1 ponto no oitavo mês do ano, chegando a 101,3 pontos (o maior patamar desde setembro de 2013, com 101,5 pontos, representando o último mês de crescimento antes do início da recessão entre 2014 e 2016). Junto ao ISA-E, o Índice de Expectativas (IE-E) também registrou crescimento, com alta de 1,5 ponto e resultado final de 99,1 pontos — uma recuperação de 72% da queda de julho.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) representa o grau de confiança em quatro setores diferentes: a indústria, os serviços, o comércio e a construção. Segundo o FGV Ibre, a confiança aumentou em quase todos os setores que consolidam o indicador, com exceção apenas do setor de serviços.
Para o superintendente de Estatísticas do FGV Ibre, Aloisio Campelo Jr., com a alta em agosto, a confiança empresarial retoma a trajetória ascendente iniciada em março passado. “Pela primeira vez, desde o início da pandemia, o nível da confiança dos quatro grandes setores acompanhados se aproxima, sinalizando uma saudável normalização das atividades, após uma crise que afetou de forma bastante heterogênea os diferentes segmentos econômicos. A melhora das expectativas no mês não chegou a compensar a piora do mês anterior. Com isso, o IE se mantém abaixo dos 100 pontos, com otimismo no horizonte de três meses e pessimismo seis meses à frente”, ele contou.

