Produtividade da indústria cai no terceiro trimestre de 2021
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Indicador está em declínio desde o início da pandemia de coronavírus

O resultado apontou queda de 1,3% em comparação com o segundo trimestre de 2021 (Foto: PopTikaShutterstock)
07/12/2021 | 13:26 – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou a pesquisa que estuda a Produtividade da Indústria ao longo do ano, e os resultados apontam declínio no terceiro trimestre de 2021. O índice voltou ao patamar do segundo trimestre de 2020 — momento de maior recuo devido à pandemia de Covid-19.
O apuramento é dado após uma relação entre o volume produzido pelas indústrias brasileiras e as horas trabalhadas na produção. O resultado apontou queda de 1,3% em comparação com o segundo trimestre de 2021, na série livre de efeitos sazonais.
O estudo apontou que somente o volume produzido no terceiro trimestre de 2021 recuou 1,9% em relação ao segundo trimestre, e as horas trabalhadas caíram 0,6%. Esses números refletem uma queda constante desde o último trimestre de 2020, quando, em relação ao último período de crescimento, o retrocesso chega a 7,6%.
Para a CNI, a apuração demonstra uma consequência clara do momento marcado por incertezas e pela falta de segurança para investimentos, que refletem, ainda, na quantidade de insumos — que estão em falta — e na pressão sobre os custos de produção. Este é, inclusive, o segundo ano consecutivo de recessão na produtividade, que deve diminuir em mais de 2%.
O maior declínio, desde o início da pesquisa, aconteceu em 2000: os resultados apontaram queda de 2,2% em 2008, quando a crise financeira atingiu ao mundo inteiro devido à especulação imobiliária nos Estados Unidos.
Ainda assim, apesar de não apresentar uma circunstância promissora para os próximos meses, a expectativa para a Confederação Nacional da Indústria é de que o cenário apresente desenvolvimento progressivo conforme as oportunidades relacionadas à digitalização e sustentabilidade se concretizem. “A expectativa é de retomada do crescimento da produtividade, puxada por oportunidades de investimentos nas novas tecnologias digitais, na implementação das redes 5G — considerada base para a digitalização —, e em tecnologias verdes, que ganham importância diante da crise climática”, completou a gerente de política industrial da CNI, Samantha Cunha.

