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Incertezas eleitorais prejudicam índices da construção em setembro

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Recuo em indicadores da Sondagem Indústria da Construção, realizada pela CNI, revela postura de estagnação e cautela dos empresários do setor


Índice de emprego recuou em setembro, chegando a alcançando 45,1 pontos (Créditos: Agência Maranhão de Notícia/ Jorge Ribeiro)

31/10/2018 | 15:48 - Os indicadores da Sondagem Indústria da Construção, apurados mensalmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), voltaram a recuar em setembro, indicando certa estagnação e cautela no setor. O indicador de atividade caiu 2,1 pontos, fechando o trimestre com 45,7 pontos. Comparando com o mesmo período do ano passado, o índice teve queda de 0,7 ponto. Valores abaixo dos 50 pontos indicam queda no nível de atividade.

O índice de emprego recuou em setembro, alcançando 45,1 pontos. Os resultados revelam tendência de diminuição do número de empregados. O estudo aponta que o desempenho negativo do setor é, provavelmente, consequência das incertezas eleitorais dos últimos dois meses.

Em setembro, o nível de uso da capacidade de operação subiu para 61%, o maior resultado deste ano. Mesmo assim, o setor mantém uma elevada ociosidade, operando com 39% das máquinas, dos equipamentos e do pessoal parados.

O índice de expectativa em relação ao nível de atividade subiu 0,7 ponto e ficou em 51 pontos e o com novos empreendimentos e serviços caiu 0,4 ponto, chegando a 50 pontos. O indicador de expectativa de número de empregados diminuiu para 49 pontos e o de compra de matérias-primas e insumos alcançou 49,5 pontos.

“As expectativas para os próximos seis meses não apresentaram bons resultados e comprovam um certo pessimismo do setor”, informa a pesquisa.

O estudo também aponta que o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI- Construção) cresceu 1,3 ponto, totalizando 52,1 pontos em setembro. Apesar disso, o valor está abaixo da média histórica de 52,9 pontos.

A Sondagem mostra que os principais problemas enfrentados pela indústria da construção em setembro foram: a elevada carga tributária (40,2% das menções), a demanda interna insuficiente, (34,7% das respostas), a burocracia excessiva, (27,9% das menções), Falta de capital de giro (24,0 % das respostas) e inadimplência dos clientes (23,8% das respostas).

O levantamento foi realizado entre 1 e 15 de outubro com 569 empresas do setor, sendo 196 pequenas, 248 médias e 125 de grande porte.

Para ver a Sondagem Indústria da Construção na íntegra, acesse o site do CNI.

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