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IGP-M registra queda após elevação de 0,21% em julho

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

O índice comumente utilizado no reajuste de aluguéis teve os dados apurados pelo FGV Ibre

imagem de uma seta vermelha em cima de um gramado. Na seta, tem uma casa vermelha na ponta
Para o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz, a redução do preço dos combustíveis teve papel considerável no resultado (Foto: terng99/Shutterstock)

30/08/2022 | 12:01 – O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) caiu 0,70% em agosto, depois de um crescimento de 0,21% em julho. Com a apuração, feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), a alta acumulada no ano foi para 7,63%, e, em 12 meses, apresentou redução de 10,08% em julho para 8,59% em agosto.

Os resultados também foram promissores na comparação anual. Em agosto de 2021, o índice havia registrado variação positiva de 0,66%, com alta de 31,12% em 12 meses — números significativamente maiores que os deste ano. O resultado também foi melhor que o esperado pelo mercado, que projetava uma queda de 0,54%, segundo o consenso Refinitiv.

Ao ser questionado sobre quais as influências para a conduta do indicador no mês, o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz, afirmou que acredita que a redução do preço dos combustíveis teve papel considerável no resultado.

“Os combustíveis fósseis — dada a redução do ICMS e dos preços na refinaria — seguem exercendo expressiva influência sobre os resultados do IPA e do IPC, ambos com taxa negativa em agosto. No índice ao produtor, as quedas nos preços da gasolina (de 4,47% para -8,23%) e do diesel (de 12,68% para -2,97%) ajudaram a ampliar o recuo da taxa do índice. Já no âmbito do consumidor, passagens aéreas (de -5,20% para -17,32%) e etanol (de -9,41% para -9,90%) também contribuíram para o arrefecimento da inflação”, argumentou Braz.

Componentes do IGP-M

O IGP-M é composto por três outros indicadores: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

O IPA, que responde por 60% do IGP-M e calcula a variação dos preços no atacado, caiu 0,71% em agosto, após variar 0,21% em julho. A principal influência foi do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 2,39% em julho para -6,38% em agosto.

O IPC, por sua vez, que tem peso de 30%, recuou pelo segundo mês consecutivo e teve deflação de 1,18% em agosto — após uma retração de 0,28% em julho. Entre as oito classes de despesa componentes do índice, seis tiveram decréscimo em suas taxas de variação. A principal influência veio do grupo Transportes, que passou de -2,42% em julho para -4,84%.

Por fim, o INCC foi o único componente do IGP-M que subiu. Com peso de 10%, o índice variou 0,33% em agosto, mas desacelerou em relação à alta de 1,16% de julho. Entre os três grupos componentes do INCC, Materiais e Equipamentos passaram de 0,62% para 0,03%; Serviços foram de 0,49% para 0,68%; e Mão de Obra registrou 1,76% em julho e 0,54% em agosto.

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