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Idea!Zarvos investe em terrenos na capital e se volta para o interior

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Em entrevista ao podcast do portal AECweb, Otávio Zarvos diz que por conta dos juros baixos, o mercado imobiliário paulistano está superaquecido

07/08/2020 | 12:10 - “Estamos trabalhando loucamente. Comprando uma série de terrenos, como nunca compramos”, comemora Otávio Zarvos, titular da incorporadora Idea!Zarvos. Em entrevista ao podcast do Portal AECweb, ele comenta a dificuldade imposta pela pandemia de realização de reuniões remotas que, no caso da empresa, envolvem ambiente criativo e de reflexão sobre os projetos. Essa não é, segundo ele, uma situação sustentável para o trabalho em grupo com mais de seis participantes. Daí seu ceticismo em relação à permanência do home office depois da crise pandêmica. “Acho que para alguns setores pode funcionar, mas para a minha empresa o presencial é muito melhor. Não vejo a hora de voltar”, diz.

De acordo com Otávio os projetos residenciais da Idea!Zarvos não devem mudar em função da pandemia. “Temos empreendimentos que vão de 30 a 600 m². Claro que num compacto a flexibilidade de a pessoa ter em casa um home office é muito menor”, diz. Uma das reflexões é que, antes da pandemia, o público comprador de seus imóveis vivia a euforia da vida fora de casa, aproveitando os atrativos da cidade. Passado o momento atual, é possível que muitos optem por apartamentos maiores, pela descoberta das vantagens de uma casa mais confortável. No entanto, ele acredita na longevidade do segmento de compactos.

Proprietária de prédios comerciais para locação, sem determinar layout das lajes, a incorporadora aguarda a definição dos locatários. “Vamos continuar defendendo que nesses prédios haja áreas de encontro, que proporcionam prosperidade, troca de conhecimentos. A pandemia vai passar e não devemos temer o encontro”, destaca.

Otávio anuncia que a Idea!Zarvos começa a procurar áreas fora da capital paulista para projetos residenciais. A decisão parte da percepção de que já existe uma busca por propriedades de lazer ou segunda moradia. “Isso resulta do tripé formado por juros baixos, da possibilidade de segmentos sociais terem um imóvel no interior e, um dia ou dois da semana, trabalharem ali em home office”, comenta.

Para ele, empreendimentos de arquitetura autoral puxam a qualidade da produção imobiliária. E não apenas pelo aspecto da beleza estética. “Mas, também, pela diversidade em área dos apartamentos e de tipo de uso – residencial, comercial, lazer – por região da cidade. E, ainda, a relação do prédio com seu entorno imediato”, explica.

Em artigo publicado na imprensa, Otávio convoca aqueles que têm o poder de intervenção para pensar em soluções que façam de São Paulo uma cidade mais acolhedora à população das periferias. Sua contribuição é a defesa de mudança na lei de zoneamento, de maneira que a prefeitura possa desapropriar áreas nobres e estabelecer um potencial construtivo mais alto, para a construção de habitações destinadas a pessoas de baixa renda. “Ao invés da venda, o aluguel social poderia até ser mais eficiente”, ressalta.

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