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Financiamentos imobiliários recuam no primeiro semestre

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Ao contrário dos créditos com recursos da Poupança, o financiamento com recursos do FGTS aumentou

uma pessoa com várias casinhas de madeira em uma mesa, com as mãos em volta
Os financiamentos com recursos do SBPE caíram 12%, e os com recursos do FGTS cresceram 17% (Foto: HAKINMHAN/Shutterstock)

05/08/2022 | 10:41 – Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (4) por José Ramos Rocha Neto, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o volume de financiamentos imobiliários caiu, em um aspecto geral, durante o primeiro semestre de 2022.

Somadas as concessões a partir de recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o valor total em financiamentos para o primeiro semestre de 2022 é de R$ 112,8 bilhões (6% menor que o do mesmo período em 2021). O aporte foi concedido a partir do financiamento de 542 mil unidades (número 13% menor que o do mesmo período de 2021).

Quando consideradas as duas modalidades de crédito, entretanto, os resultados são diferentes. Isso porque esse declínio só é observado nas linhas com recursos do SBPE, visto que foram financiadas 355 mil unidades (uma queda de 15% em relação ao mesmo período de 2021) que totalizam R$ 85,7 bilhões em concessões (um resultado 12% menor em comparação com o de 2021).

Os financiamentos com recursos do FGTS, por outro lado, cresceram significativamente. Apesar de ter financiado apenas 187 mil unidades (8% a menos que em 2021), a modalidade de crédito atingiu R$ 27,1 bilhões em concessões (17% maior que a do ano anterior).

Previsões

As previsões não seguem condutas diferentes: segundo a entidade, de acordo com os cálculos, os financiamentos devem apresentar as mesmas atuações no final de 2022. Os créditos com recursos da poupança devem fechar o ano em R$ 180 bilhões — valor que, ao final de 2022, representará um recuo de 12% — e os do FGTS, em R$ 64 bilhões — um crescimento de 31% até o fim do ano.

Apesar do cenário macroeconômico, o presidente de Abecip acredita que, até o fim de 2022, este será o segundo melhor ano da história do SBPE — resultado que só perde para o de 2021.

Aquisição e construção

Os financiamentos voltados especificamente para a construção de imóveis representaram R$ 65,6 bilhões em concessões — resultado 18% menor que do primeiro semestre de 2021. Desse total, R$ 26 bilhões foram destinados a imóveis novos (crescimento de 5% na comparação) e R$ 39,5 bilhões para imóveis usados (queda de 28% na comparação).

Para a construção, o valor final de R$ 20 bilhões em linhas de crédito representou um incremente de 16% na comparação.

Segundo a Abecip, o volume das concessões no primeiro semestre, embora abaixo do registrado em igual período do ano passado, manteve-se em patamar elevado, sendo o segundo melhor semestre em termos históricos. O volume de crédito nesses seis primeiros meses é maior do que o concedido no ano inteiro de 2019, e pouco abaixo do somatório dos anos de 2016 e 2017.

Depósitos e recursos

Os depósitos na Poupança durantes os seis primeiros meses de 2022 totalizaram R$ 779 bilhões — 1,3% a menos que em 2021 —, ao passo que a LIG (Letra Imobiliária Garantida), uma outra fonte de recursos para os créditos imobiliários, teve crescimento de 134%, e a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) registrou aumento de 55% para o mesmo período.

O Crédito com Garantia de Imóvel (CGI), por fim, teve expansão de 26% no primeiro semestre, comparado ao mesmo período do ano passado. Segundo a Abecip, isto confirma essa linha de crédito como uma nova opção que permite juros e prazos competitivos.

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