Falta de demanda é um dos principais problemas da construção, diz CNI
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Conforme Sondagem Indústria da Construção, 37,3% dos empresários consideram a falta de demanda interna o principal problema do setor e 37,9% dizem ser a carga tributária

Ainda conforme a sondagem, a indústria operou, em junho, com 43% do pessoal, das máquinas e dos equipamentos parados (Créditos: sondem/ Shutterstock)
31/07/2019 | 08:53 - A Sondagem Indústria da Construção de junho, apurada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontou que, no segundo trimestre deste ano, 37,3% dos empresários pesquisados consideram a falta de demanda interna um dos principais problemas enfrentados pelas empresas do setor e 37,9% dizem ser a carga tributária.
Entre os principais problemas do setor da construção civil também foram citados: a falta de capital de giro (28,8%), a inadimplência dos clientes (25,6%), a burocracia excessiva (24,2%), a taxa de juros elevados (23%) e a falta de financiamento de longo prazo (14,3%). De acordo com a CNI, a adoção de “medidas que possam lidar com a falta de demanda e que facilitem o financiamento” seria algo positivo para o setor.
Ainda conforme a sondagem, a indústria operou, em junho, com 43% do pessoal, das máquinas e dos equipamentos parados. O índice de nível de atividade subiu 1,3 ponto frente a maio, chegando a 48,2 pontos, o maior resultado desde novembro de 2013. Já o índice de evolução do número de empregados aumentou 2,2 pontos na comparação com maio, alcançando 47,2 pontos, o maior desde outubro de 2013.
Segundo a CNI, apesar de difícil para o setor, o atual cenário da indústria apresenta uma tendência de melhora futura, tendo por base o crescimento, pelo quinto mês consecutivo, dos indicadores de nível de atividade e de emprego.
CONFIANÇA NA CONSTRUÇÃO
A Sondagem Indústria da Construção de junho apurou, ainda, que as empresas estão insatisfeitas com suas margens de lucro, índice que ficou em 40,1 pontos, e com a própria situação financeira (34,9 pontos).
Quanto ao índice de expectativa em relação ao nível de atividade, o resultado em junho foi de 56,4 pontos. O indicador de novos empreendimentos e serviços também chegou a 56,4 pontos. A expectativa de número de empregados e a de compra de matérias-primas e insumos registraram 54,6 pontos e 55,1 pontos, respectivamente.
O Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção), que mede a expectativa para julho, cresceu 9,8 pontos face a julho do ano passado, alcançando 58,7 pontos.
A Sondagem Indústria da Construção foi realizada com 488 empresas, sendo 172 de pequeno porte, 209 de médio porte e 107 de grande porte.
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