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Estimativa oficial da inflação é reduzida pelo Ministério da Economia

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

A projeção de crescimento do PIB ficou estável

foto da moeda brasileira vista na lente macro
As estimativas foram divulgadas nos Boletim Macrofiscal, divulgado na última quinta-feira (17) (Foto: rafastockbr/Shutterstock)

18/11/2022 | 11:28  A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia reduziu a estimativa oficial da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 6,3% para 5,85%. A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) — a soma dos bens e dos serviços produzidos no país —, por outro lado, foi mantida em 2,7%.

As estimativas foram divulgadas nos Boletim Macrofiscal, divulgado na última quinta-feira (17). A apuração aponta, ainda, que apesar da redução, o IPCA permanece acima da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, com limite inferior de 2% e superior de 5%.

Assim, o IPCA já acumula alta de 4,7% no ano e, em 12 meses, o índice total está em 6,47%.

Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi outro que registrou redução no mês de outubro. Utilizado para estabelecer o valor do salário-mínimo e corrigir aposentadorias, o INPC teve queda de 0,54% em relação ao boletim anterior, e deve encerrar este ano com variação de 6%, de acordo com a pesquisa.

A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui também o setor atacadista e o custo da construção civil, além do consumidor final, é de 6,11% — abaixo tanto da estimativa anterior de 9,44% e quanto da taxa registrada em 2021, de 17,74%.

Ao justificar o resultado relativo ao PIB, que permaneceu estável no boletim atual, a SPE afirmou que o desempenho do emprego, do setor de serviços e da taxa de investimento justificaram a manutenção. “Conforme salientado nos boletins anteriores, já era esperada desaceleração da atividade econômica no segundo semestre deste ano, resultado dos efeitos defasados do ciclo de ajuste da política monetária [aumento de juros pelo Banco Central]. No entanto, projeta-se que os impactos advindos da elevação da taxa de juros se reduzam ao longo do próximo ano”, informou a instituição.

Em 2021, o PIB do Brasil cresceu 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Apesar de manter a estimativa para 2022, a SPE reduziu a previsão de crescimento em 2023 de 2,5% para 2,1%. Segundo o órgão, o cenário externo mais adverso, com a alta dos juros da economia norte-americana e a guerra na Ucrânia, afeta a expansão econômica no resto do mundo. A projeção para 2024 foi mantida em 2,5%.

Apesar de reconhecer a desaceleração da economia no terceiro trimestre, a SPE espera que a recuperação econômica se mantenha no quarto trimestre, puxada pelos serviços e pela estabilidade na agropecuária. Segundo o órgão, os efeitos do aumento da taxa Selic (juros básicos da economia) pelo Banco Central são os principais responsáveis pela queda no ritmo de crescimento.

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