Estatal mineira avança em projetos de usinas solares de grande porte

A Companhia Energética de Minas Gerais investe em estratégias para retomar o crescimento de empreendimentos fotovoltaicos

01/02/2022 | 16:18 – A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) anunciou o interesse em retomar o crescimento orgânico de empreendimentos fotovoltaicos e de energia renovável no país a partir de 2022.

Para isso, a estatal mineira já anunciou a abertura de propostas de fornecedoras interessados na construção de 250 megawatts-pico (MWp) em projetos solares de grande porte, que acontecerá a partir de 11 de fevereiro.

A abertura da licitação pela companhia prevê a contratação de empresas EPCistas, ou seja, responsáveis pela construção de uma obra de grande porte (da montagem e comissionamento da obra ao fornecimento e montagem de equipamentos), que, quando concluída, será entregue pronta para operação.

O diretor de geração e transmissão da elétrica, Thadeu Carneiro da Silva, anunciou que pretende prosseguir com três empreendimentos solares nessa modalidade de construção: o de Boa Esperança (80 MWp), o de Jusante (87 MWp) e o de Três Marias Flutuante I (70 MWp) — todos no Estado de Minas Gerais, a prioridade da Cemig.

“Com isso, de fato vamos começar com quase 250 MWp em construção e, em paralelo, continuamos com o desenvolvimento de outros projetos, como a ampliação de PCHs (pequenas hídricas)”, complementou Silva.

Atualmente, a atuação da Cemig no mercado de energia solar está concentrada em pequenas usinas com até 5 MW, enquadradas na modalidade de geração distribuída.

O processo de abertura da licitação deveria ter sido aberto ainda em novembro de 2021. Entretanto, a iniciativa acabou postergada por conta da elevação nos preços dos equipamentos e das dificuldades da cadeia de suprimento observadas na época.

A Cemig ainda conta que também tem o interesse de ampliar a potência de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A estatal tem buscado pela oportunidade de instalar novas máquinas na hidrelétrica Três Marias, como fez na PCH Poço Fundo, que ganhou novas máquinas para ampliar a capacidade de 8 MW para 15 MW. Elas entrarão em atividade em abril.

A companhia também tem planos para investir nas usinas eólicas no Nordeste do país, que constituem os investimentos de R$ 6 bilhões em geração e transmissão de energia até 2025.