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Emprego na construção civil volta a cair

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Região de Rio Preto perde 311 vagas. Já no Brasil o setor perde 465 mil postos de trabalho em 12 meses

O emprego na construção civil continua em queda na região noroeste do Estado. A pesquisa realizada pelo SindusCon-SP, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) apontam a eliminação de 311 postos de trabalho em junho. Apesar da queda de 0,78% em relação ao mês anterior, a situação não é tão grave quanto em outras regiões do Estado. Das dez regiões pesquisadas, apenas Santos teve aumento no emprego. A região de Rio Preto foi a segunda que menos eliminou vagas no setor, conforme quadro comparativo abaixo.

No município de Rio Preto o mês de junho voltou a registrar queda depois de ter números positivos em maio. Em junho foram eliminados 158 postos de trabalho, o que representa queda de 1,25% em relação ao mês anterior. A cidade tem atualmente 12.519 trabalhadores registrados na construção civil.

Em Catanduva os números são positivos. Foram abertas 18 vagas em junho o que representa aumento de 1,10% em relação a maio e eleva para 1.652 o número de pessoas com carteira assinada no segmento. Catanduva registra o segundo mês consecutivo de contratações e aponta um saldo positivo de 130 novos postos de trabalho criados desde janeiro.

Em Votuporanga o mercado também segue em alta com a criação de 16 novos postos de trabalho em junho e aumento de 0,97% em relação a maio. Foi o segundo mês consecutivo de contratações na cidade elevando para 1.666 o número de empregados no setor.

Em Fernandópolis o mercado também é positivo mas segue contratando em ritmo menor. Foram criadas três novas vagas em junho representando aumento de 0,28% em relação a maio. Fernandópolis tem 1.058 trabalhadores na construção civil com carteira assinada.

Em Araçatuba a tendência foi de queda, pelo segundo mês consecutivos. Em junho foram eliminadas 31 vagas, o que representa queda de 0,85% em relação ao mês anterior e diminuindo para 3.636 trabalhadores no setor.

Birigui também demitiu. Foram cortados 43 postos de trabalho em junho, queda de 3,61% em relação a maio e agora são 1.147 pessoas registradas no setor.

Em Andradina o mercado ficou estável. Não houve demissões nem contratações e o município tem 627 pessoas formalmente contratadas.

Brasil

Em junho, a construção civil brasileira registrou queda de -1,18% no nível de emprego na comparação com maio – a 21ª queda consecutiva (desde outubro de 2014). Com o fechamento de 33,02 mil postos de trabalho, o saldo de trabalhadores ficou em 2,76 milhões.

Com o corte de 139,1 mil vagas no primeiro semestre de 2016, o saldo em 12 meses é de – 465 mil postos de trabalho. Desconsiderando efeitos sazonais*, o número de vagas fechadas em junho foi de 43,8 mil (-1,56%).

O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, observa que o nível de emprego na construção brasileira retrocedeu ao patamar registrado em 2009 e deverá cair ainda mais, se não forem adotadas medidas emergenciais para estimular a atividade do setor.

“O número de vagas fechadas na indústria da construção desde 2014 deverá ultrapassar 1,1 milhão até o final de 2016. Isto representa 30% do total de trabalhadores que o setor chegou a empregar antes da crise. Mas o setor voltará a empregar rapidamente se medidas urgentes destinadas à expansão da infraestrutura e à contratação de habitação popular forem tomadas, junto com o lançamento de novas concessões e Parcerias Público-Privadas. Este esforço precisa envolver tanto a União como os estados e os municípios”, afirma.

Segmentação

Por segmento, obras de instalação caiu 1,70% em junho na comparação com maio, seguido de imobiliário (-1,51%). No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento imobiliário apresenta a maior queda (-17,89%).

A deterioração do mercado de trabalho afeta quase todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foram observados no Nordeste (-1,51%) e Sudeste (-1,48%). Apenas o Centro-Oeste apresentou alta (0,12%).

Fonte: SindusCon-SP
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