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Em tempos de crise, parceria público-privadas é solução para a construção civil

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Essa é a análise feita pelo economista Raul Velloso, que palestrou ontem na 26ª Convenção Anual da Associação de Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA)

15 de novembro de 2015 - Com o ajuste fiscal nas contas públicas, os setores produtivos – como, por exemplo, a construção civil – estão em 2015 sentindo os efeitos da crise, o que tem gerado menor capacidade de investimento. Essa é a análise feita pelo economista Raul Velloso, que palestrou na 26ª Convenção Anual da Associação de Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), em Praia do Forte.

Para ele, é preciso pensar em estratégias de desenvolvimento dos setores para a atração de investimentos. “Dinheiro não é o problema. O problema é a gestão e a falta de planejamento dos governos. As parcerias público-privadas (PPPs) são uma grande solução porque resolve o problema da falta de investimento do setor público e gera investimentos”, defendeu Velloso que atuou como Secretário para Assuntos Econômicos durante a presidência de José Sarney e na década de 1990, trabalhou no Ministério do Planejamento e foi nomeado Secretário Nacional Adjunto.

O presidente da Ademi-BA, Luciano Muricy Fontes, destacou que “os investimentos precisam ser potencializados na área de infraestrutura para dinamizar o setor da construção”. Já o presidente do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado da Bahia (Sinduscon- BA), Carlos Henrique Passos, alertou que é preciso “criar um modelo onde as médias empresas possam fazer obras de médio porte”.

“Essas empresas também precisam buscar investimentos para realizar obras de infraestrutura que o país precisa”, Fontes e Passos dividiram a plenária de discussões no Tivoli Ecoresorts com Paulo Câmara, presidente da Câmara de Vereadores de Salvador; Silvio Pinheiro, secretário municipal de urbanismo de Salvador; Cícero Monteiro, chefe de gabinete do governo do estado, que representou o governador Rui Costa; e Ademar Delgado, prefeito de Camaçari. Na plateia, além de representantes da construção civil e dirigentes da Ademi-BA estavam também os vereadores Léo Prates e Claudio Tinoco.

Para retomar o crescimento da construção civil, segundo Velloso, as PPPs são uma alternativa, pois pode trazer a captação de dinheiro estrangeiro diante do cenário atual econômico brasileiro, onde, segundo ele, “a gestão dos recursos públicos é ruim”.

O presidente da Câmara de Vereadores de Salvador defendeu uma melhor gestão de recursos. “Se cada homem público coordenar o orçamento público como coordena o seu orçamento doméstico as coisas teriam condições melhores”.

O representante do governo do estado, por sua vez, destacou que as Bahia já tem projetos – executados ou em execução – que mostram a relevância das PPPs para movimentar o desenvolvimento e a infraestrutura. “O estado da Bahia já tem PPPs de sucesso como o Hospital do Subúrbio, a Arena Fonte Nova, o metrô de Salvador, o Hospital Couto Maia e a gestão de parte do saneamento básico. O governo do estado vê as PPPs como alternativa”, afirmou Monteiro.

Outro entrave para o setor, em Salvador, é a insegurança jurídica, que intimida investimentos. De acordo com o secretário de urbanismo da cidade essa questão será suplantada nos próximos dias. “Nossa cidade tem no mercado imobiliário um vetor importante para a economia. Nos próximos dias (quarta-feira, dia 18) a minuta do PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano) será apresentada e certamente, após sua aprovação, a cidade melhorará nesse quesito”, pontuou Pinheiro. A Convenção da Ademi-BA, que reúne cerca de 300 representantes do setor, encerra hoje.

Fonte: Correio 24 horas
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