Em junho, Índice de Confiança da Construção tem maior variação da história
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Indicador subiu 9,1 pontos e chegou a 77,1 pontos. Alta é resultado da queda no pessimismo dos empresários da construção em relação à situação atual e dos próximos meses

Mesmo com o resultado positivo, o índice apenas recuperou 43% da queda que sofreu entre março e abril (Créditos: Alf Ribeiro/ Shutterstock)
30/06/2020 | 14:53 - Conforme apuração da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Construção (ICST) apresentou em junho a maior variação positiva da série histórica, 9,1 pontos, chegando a 77,1 pontos. Mesmo com o resultado positivo, o índice apenas recuperou 43% da queda que sofreu entre março e abril.
“Ainda é um quadro muito difícil: a insuficiência de demanda é a maior limitação à melhoria dos negócios em todos os segmentos do setor. Apesar da abertura das empresas e estandes de venda na maioria das cidades do país, a deterioração do quadro fiscal, do emprego e da renda não favorece a demanda. De todo modo, face às incertezas que ainda prevalecem, é cedo para estabelecer o início da recuperação da atividade,” avaliou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre.
A alta, registrada em junho, foi influenciada pela percepção menos pessimista dos empresários da construção em relação à situação atual, e de menor pessimismo em relação aos próximos meses.
O Índice de Expectativas (IE-CST) – cálculo da confiança do empresário da construção para os próximos meses –cresceu 13,5 pontos, alcançando 83,2 pontos. Tanto o indicador de demanda prevista quanto o de tendência dos estoques apresentaram alta, alcançando 83,1 pontos e 83,5 pontos, respectivamente.
Quanto ao Índice de Situação Atual (ISA-CST), que apura a confiança do empresário da construção no momento presente, ele aumentou 4,7 pontos, chegando a 71,5 pontos, após três meses de quedas consecutivas. Apesar disso, o aumento ainda foi insuficiente para recuperar a queda ocorrida na pandemia.
Já o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor aumentou 6,3 pontos percentuais, para 68%.

