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Em fevereiro, custo da construção teve maior alta desde junho de 2016

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

INCC cresceu 1,89% em fevereiro. Com a elevação, índice acumulou 11,07% nos últimos 12 meses, o maior valor para o período desde 2009

O INCC-Materiais e Equipamentos aumentou 25,05% em 12 meses, o que correspondeu à maior alta registrada desde julho de 2003 (Créditos: Fascinadora/ Shutterstock)

10/03/2021 | 16:49 - O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que integra o levantamento sobre o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou alta de 1,89% em fevereiro, o maior aumento desde junho de 2016 (1,93%).

Neste mês, o custo com a mão de obra ficou praticamente estável, com variação de 0,12%, enquanto o custo com materiais e equipamentos subiu 4,38%, maior percentual registrado desde novembro de 2002 (4,41%).

Com a elevação apresentada em fevereiro, o INCC acumulou, nos últimos 12 meses, 11,07%, o maior valor para o período desde fevereiro de 2009 (11,67%).

A alta nos custos com materiais e equipamentos em fevereiro de 2021 foi impactada por: vergalhões e arames de aço ao carbono (21,34%); tubos e conexões de ferro e aço (11,56%); tubos e conexões de PVC (7,39%); tijolo/telha cerâmica (2,57%); e condutores elétricos (3,78%).

O INCC-Materiais e Equipamentos, por sua vez, aumentou 25,05% em 12 meses, o que correspondeu à maior alta registrada desde julho de 2003 (25,34%).

Segundo a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, “esses aumentos são prejudiciais às atividades da construção civil, pois nenhuma estatística projetava um incremento de preços tão expressivo, o que compromete o orçamento das obras”. A profissional ainda completa dizendo que, em função de critérios metodológicos, essas altas ainda não conseguem captar a total elevação nos preços dos insumos, indicando que os aumentos são ainda maiores do que os registrados.

Além disso, o setor sofre com o desabastecimento de insumos, sendo que o prazo previsto para entrega de alguns deles pode ultrapassar 120 dias.

“Se continuar este cenário, as projeções de incremento das atividades do setor para este ano, inicialmente previstas em 4%, poderão ser revisadas para patamares bem inferiores. Isso é ruim para a construção e isso é péssimo para a economia brasileira, que precisa se fortalecer”, ressalta a economista.

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