Economia pode crescer a partir do 4° trimestre de 2016
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
PIB caiu por conta 'commodities', crise hídrica e realinhamento de preços
03 de março de 2016 - O Ministério da Fazenda informou nesta quinta-feira (3) que o governo tem adotado "todas as ações necessárias para recuperar a economia" e que, no momento em que as medidas produzirem efeito, "será possível retomar o crescimento econômico, com geração de renda e emprego em bases mais sustentáveis".
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou retração de 3,8% em 2015, na comparação com 2014. Foi o pior resultado da série histórica atual, iniciada em 1996. Considerando a série anterior, o desempenho é o pior desde 1990, quando o recuo chegou a 4,3%.
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou retração de 3,8% em 2015, na comparação com 2014. Foi o pior resultado da série histórica atual, iniciada em 1996. Considerando a série anterior, o desempenho é o pior desde 1990, quando o recuo chegou a 4,3%.
"Vários desses fatores não devem se repetir na mesma intensidade em 2016, de forma que, após ter absorvido plenamente seus efeitos, a economia poderá se estabilizar no terceiro trimestre e apresentar crescimento positivo a partir do quarto trimestre deste ano", acrescentou o Ministério da Fazenda.
Desafio de 'recuperar a demanda interna'
De acordo com o governo, o "grande desafio" do crescimento é "recuperar a demanda interna". "Nesse sentido, o governo tem realizado uma série de iniciativas que permitirão a retomada do crescimento e a estabilização da renda e do emprego. Para isso, o governo vem atuando em várias frentes", informou.
Entre as medidas adotadas para estimular o crescimento da economia brasileira, o Ministério da Fazenda listou o esforço fiscal realizado no ano passado, com contenção de gastos para "reduzir as incertezas fiscais", e o bloqueio de R$ 23,4 bilhões na peça orçamentária deste ano, além do pedido que fará ao Congresso Nacional para ter um déficit fiscal de até R$ 60,2 bilhões em 2016.
Reforma fiscal, da Previdência, estados e investimentos
O governo lembrou também que encaminhará ao Congresso, ainda em março, proposta de reforma fiscal de longo prazo com limites para a expansão do gasto público e mecanismos de reversão da tendência de crescimento da despesa em relação do PIB.
"Além disso, iniciou o debate sobre a reforma da Previdência, cuja proposta será enviada ao Congresso até o final de abril", acrescentou.
O Ministério da Fazenda observou que também negocia o alongamento dos contratos de dívida dos Estados, por um prazo de 20 anos, com exigência de contrapartidas para reduzir o crescimento das despesas. "A renegociação criará espaço fiscal de curto prazo, permitindo novos investimentos e, ao mesmo tempo, aperfeiçoará os mecanismos de controle fiscal", declarou.
Relembrou ainda que, do lado do estímulo ao investimento em infraestrutura, o governo lançou em 2015 o Plano de Investimento e Logística (PIL), o Plano de Investimentos em Energia Elétrica (PIEE) e o Plano Nacional de Exportações (PNE), além da oferta de R$ 83 bilhões em linhas de crédito para capital de giro, financiamento imobiliário e para as pessoas físicas, com base nas garantias do FGTS.
"A melhoria do ambiente regulatório para atração de novos investimentos vai continuar notadamente em setores como petróleo e gás, telecomunicações e transporte aéreo. A edição da MP 714, em 2 de março de 2016, elevou a participação estrangeira no setor aéreo em até 49%, com possibilidade de flexibilização em caso de reciprocidade", informou o Ministério da Fazenda.

