Crise política afetou o mercado e fez bolsa baixar e o dólar subir
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
As incertezas são um dos motivos que também estão influenciando no valor do dólar
16 de março de 2016 - A crise política, em Brasília, atingiu em cheio o mercado financeiro. A Bolsa de Valores despencou e o dólar subiu. Na tela do computador, o desenho dos gráficos mostrava que o dia não estava fácil no mercado financeiro.
A preocupação com o crescimento da economia mundial fez as principais Bolsas caírem logo cedo na terça-feira (15). As incertezas no cenário político brasileiro só aceleraram a venda de ações. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou no vermelho, com queda de 3,56%. As ações do Banco do Brasil foram as que mais caíram: despencaram 21,27%.
Nas contas da Empresa Economática, isso significa que, em um único dia, o Banco do Brasil perdeu R$ 13 bilhões em valor de mercado na Bolsa. Quando muitas dúvidas começam a circular no mercado financeiro, o investidor toma em geral um rumo só: vai para longe do risco. Foi o que aconteceu.
Todos avaliaram como a turbulência no cenário político pode afetar a condução da economia brasileira e essas incertezas também afetaram o valor do dólar. A cotação da moeda americana subiu 3%, a maior alta em cinco meses, e fechou valendo R$ 3,76.
Essa instabilidade toda não deve acabar tão cedo, diz o economista Jason Vieira. Ele explica que os investidores temem que a eventual ida do ex-presidente Lula para um ministério cause mudanças na política econômica.
“O mercado agora está operando via boato. E quando opera via boato ele não tem rumo. Ele vai conforme a direção do boato e é muito difícil de se prever, na verdade é praticamente impossível prever esse parâmetro. O empresário agora, com certeza, está adiando uma decisão de investimento. Está adiando possivelmente uma expansão de uma fábrica ou mesmo uma abertura de um novo negócio. Ele não vai fazer nada num cenário que esteja completamente movido a boatos e que esteja muito instável, como a gente está observando agora”.

