Criação de empregos na construção cresce em junho

Nos cálculos relativos ao primeiro semestre do ano, foram criados quase 200 mil novos postos de trabalho

29/07/2022 | 13:20 – O Ministério do Trabalho e da Previdência divulgou, nesta quinta-feira (28), o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que registrou crescimento de 0,49% na criação de novos empregos na indústria da construção brasileira durante o mês de junho, em comparação com o mês de maio.

No período, foram abertos 30.257 novos postos de trabalho. No primeiro semestre, por sua vez, foram criados 184.748 empregos — um crescimento de 8% em relação ao número empregado em dezembro. Já no acumulado em 12 meses até junho, foram 247.317 novos empregos — que representa ampliação de 11,01% no contingente.

O presidente do Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Odair Senra, comemorou a resiliência do setor em vista dos desafios enfrentados em junho.

“A construção fechou o primeiro semestre em franca atividade, enfrentando desafios como aumento dos preços dos materiais de construção e a elevação dos juros. Isto reforça a estimativa de que o PIB do setor feche o ano com crescimento superior a 3%. Mas, devido ao cenário econômico e à queda de renda das famílias, continuamos com a perspectiva de redução do volume de contratos no segundo semestre, o que poderá impactar o ritmo das obras e a geração de emprego em 2023”, ele explica.

Os dados do Caged confirmam a fala de Senra: também na análise de junho, o órgão apurou que o ritmo de aumento do emprego nas atividades imobiliárias do setor de serviço desacelerou. Isso porque, durante o período, foram criados 481 empregos na área, ao passo que, em maio, esse valor era de 725. Nos seis primeiros meses do ano, foram criados 5.943 novos postos formais de trabalho e, no acumulado de 12 meses até maio, foram 13.807 novos empregos.

Ao final de junho, os dados indicavam que havia 2.492.936 trabalhadores da construção com carteira assinada no país, de acordo com o Novo Caged. O saldo entre admissões e demissões entre todos os setores da atividade econômica no país, por outro lado, resultou na abertura de 277,9 mil empregos em junho.

Das vagas abertas pela construção em junho, 4.934 registraram-se no Estado de São Paulo. Em segundo lugar, está o Rio de Janeiro (2.309), seguido da Bahia (1.634), Minas Gerais (4.648), Pará (3.442), Maranhão (1.502), Ceará (1.831), Santa Catarina (1.075), Goiás (1.893) e Mato Grosso (1.333). Paraná, Alagoas, Sergipe, e Paraíba registraram ligeiras quedas.

Em junho, a construção foi o quinto setor que gerou o maior número de postos de trabalho formais, atrás de serviços (+124.534 vagas), do comércio (+47.176,) da indústria (+41.517) e da agropecuária (+34.460).