Construtoras revelam ter expectativas positivas para o cenário econômico de 2023
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Os níveis de confiança para o próximo ano contrariam as expectativas para o fim de 2022

O cenário para 2023 está ainda melhor para incorporadoras que atuam no segmento de imóveis para a população de baixa renda, que deve receber incentivos durante o novo governo (Foto: Studio MDF/Shutterstock)
07/12/2022 | 10:09 – Apesar de um cenário desafiador para a indústria da construção nos últimos meses deste ano, considerando a queda do Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) de 2,6 pontos em outubro, o desempenho do mês de novembro reafirmou as expectativas positivas para as vendas e lançamentos de imóveis em 2023.
Isso porque o penúltimo mês do ano superou todas as expectativas do setor e comercializou 2.987 novos imóveis residenciais somente na cidade de São Paulo, segundo o levantamento do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Esse resultado representa um aumento de 210,2% em relação a outubro, quando foram vendidas 963 unidades.
O cenário está ainda melhor para incorporadoras que atuam no segmento de imóveis para a população de baixa renda, que deve receber incentivos durante o novo governo. Além disso, o programa Casa Verde e Amarela conta com linhas de crédito com taxas subsidiadas e protegidas contra o ciclo de alta dos juros, proporcionando maior segurança aos envolvidos.
Já nos demais segmentos, há uma preocupação com os níveis elevados dos juros nos financiamentos. Os consumidores de alta renda são mais resilientes a esses efeitos, enquanto os de média renda sentem mais no bolso o peso dos juros.
“É esperado que setor da habitação econômica seja colocado como prioridade do novo governo. Essa é uma aposta meio que certa de todos que estão no mercado”, disse Rogério Santos, fundador da plataforma de intermediação imobiliária UBLink. “Na média renda, a alta dos juros pode tornar a compra do imóvel proibitiva.”
A percepção de Santos é de que o mercado deve ter uma leve arrefecida enquanto as incertezas sobre os rumos do país não são dissipadas. Pensando nisso, a estipulação de novos projetos deverá ser reduzida, e os projetos que já estavam programados devem continuar fluindo. O consenso é de que as incertezas com a transição de governos atrapalham, mas não paralisam o setor. “Na ponta do alto padrão, também temos cenário positivo. O cliente de alta renda não depende tanto da taxa de juros. O mercado de médio padrão é que pode ficar mais apertado”, conclui.
Com informações do Estadão

