Confiança no setor da Construção Civil tem pior índice histórico
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
O ICST registrou queda de 0,9 ponto em fevereiro, atingindo o menor número da série histórica: 66,6 pontos
O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou queda de 0,9 ponto em fevereiro, atingindo o menor número da série histórica: 66,6 pontos. Depois de uma discreta recuperação no mês de novembro (0,9 ponto), o ICST teve a terceira queda consecutiva, após fechar dezembro em -0,3 ponto, e janeiro em -1,9. Os números mostram que o setor ainda deve se manter retraído nos próximos meses, não havendo expectativa de estabilidade. Os dados refletem as atuais incertezas no quadro macroeconômico. As informações que compõem o índice foram coletadas com 697 empresas, no último mês.
Entre os fatores que limitam a expansão dos negócios, destacam-se demanda insuficiente, citada por 54,6%; outros (item em que a empresa descreve qual é a questão que mais a afeta no momento), com 29,8% e competição no próprio setor, reclamada por 24,6% dos entrevistados. Dentro do fator “outros”, o que mais foi mencionado pelas empresas foi a incerteza no cenário macroeconômico, que faz com que as expectativas em relação a serviços que possam ser pedidos para os próximos três meses, permaneçam baixas.
Questões relacionadas a custos também tiveram ênfase. O acesso ao crédito bancário foi lembrado por 23,8% dos que foram ouvidos no levantamento; as limitações de ordem financeira por 20,9% e o custo de mão de obra por 12,4%. A falta de mão de obra qualificada, que era vista com grande apreensão em fevereiro do ano passado, sendo citada por 22,8%, foi citada por apenas 8,7% e já não aparece entre as preocupações do empresário da construção civil.
