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Confiança na construção recua e registra menor valor desde 2018

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Segundo FGV, índice caiu 2,5 pontos em março deste ano e atingiu 84,7 pontos. Em médias móveis trimestrais, índice recuou um ponto após seis altas consecutivas


A queda do ICST foi influenciada tanto à piora da situação corrente das empresas quanto às perspectivas de curto prazo do empresariado (Créditos: Red ivory/ Shutterstock)

04/04/2019 | 17:28 - O Índice de Confiança da Construção (ICST), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 2,5 pontos em março deste ano, registrando a maior queda na margem desde junho de 2018 (-2,9 pontos). O indicador chegou a 84,7 pontos, menor valor desde outubro de 2018 (81,8 pontos).

De acordo com a FGV, a queda do ICST foi influenciada tanto pela piora da situação corrente das empresas quanto pelas perspectivas de curto prazo do empresariado. “O ritmo muito lento de crescimento da economia está minando a confiança mostrada pelos empresários da construção no final de 2018. Em março, prevaleceu a percepção de que a atividade retrocedeu, abalando também a confiança na melhora de curto prazo. O resultado de março acende uma luz amarela que reforça a preocupação com a retomada dos investimentos”, observa Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE.

Em março, o Índice de Situação Atual (ISA-CST), que apura a confiança do empresário da construção no momento presente, recuou 2,4 pontos, chegando a 72 pontos, menor resultado desde agosto de 2018 (71,7 pontos). O índice foi impactado pela queda de dois indicadores: o que mede o grau de satisfação com a situação atual dos negócios, que recuou 2,1 pontos, passando para 73,6 pontos; e, o que mede a percepção sobre a situação atual da carteira de contratos, que teve queda de 2,7 pontos, atingindo 70,6 pontos.

O Índice de Expectativas (IE-CST) – cálculo da confiança do empresário da construção para os próximos meses – caiu 4,8 pontos e chegou a 95,8 pontos. Além disso, o Nível de Utilização da Capacidade do setor (Nuci) recuou 1,7 ponto percentual e alcançou 65,3%.

Trimestre

Ainda, segundo informações da FGV, em médias móveis trimestrais, o ICST recuou 1 (um) ponto em março depois de seis altas consecutivas. O ritmo de melhora observada no último trimestre do ano passado não se sustentou. Especialmente em fevereiro e março, a queda da confiança do empresário anulou o crescimento anterior.

“O segmento de Edificações Residenciais apresentou a maior queda na confiança, um movimento que pode estar relacionado ao contingenciamento de recursos do Orçamento da União nesse início de ano e que vem atingindo o Programa Minha Casa Minha Vida”, observou Ana Maria.

Segundo o FGV, com o resultado apurado neste trimestre, a tendência é de que a recuperação no setor permaneça lenta ao longo do ano.

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