Confiança do empresário industrial cai em março e oscila entre os setores
Empresários de 17 dos 29 setores considerados mostram-se confiantes. Entre os portes, apenas os empresários de grandes empresas mostram confiança

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o resultado foi puxado por uma piora da avaliação das condições atuais da economia brasileira e das empresas (Foto: BigBlues/Shutterstock)
27/03/2023 | 14:32 — O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu 0,7 ponto em março de 2023 — de 50,6 pontos para 49,9 pontos. O desempenho se deu após uma recuperação do Icei no mês de fevereiro, que havia quebrado uma sequência de quedas da confiança.
No entanto, com a queda, o índice cai para um patamar abaixo (mas ainda muito próximo) da linha divisória de 50 pontos, demonstrando que os empresários da indústria deixam de demonstrar confiança, mas também não demonstram falta de confiança de forma intensa ou disseminada.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o resultado foi puxado por uma piora da avaliação das condições atuais da economia brasileira e das empresas.
Os setores que demonstraram maior confiança no terceiro mês do ano foram os de:
• Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com 54,4%;
• Produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal (HPPC); com 54,0%;
• Produtos diversos, com 53,1%; e
• Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, com 53,1%.
Por outro lado, os setores menos confiantes foram os de:
• Produtos de borracha, com 42,1%;
• Móveis, com 43,7%;
• Produtos de madeira, com 45,2% e
• Produtos de minerais não metálicos, com 45,4%.
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De modo geral, também estão entre os componentes do Icei o Índice de Condições Atuais e o Índice de Expectativas, que registraram queda de 1,7 ponto e elevação de 0,2 ponto, respectivamente.
O Índice de Condições Atuais registrou 44,2 pontos em março, o que demonstra uma percepção de piora mais forte e disseminada da indústria sobre as condições atuais da economia brasileira e das empresas.
O Índice de Expectativas, por sua vez, concluiu o terceiro mês do ano em 52,7 pontos, e, ao permanecer acima da linha divisória dos 50 pontos, demonstrou otimismo do setor industrial com relação aos próximos seis meses. Vale ressaltar que essa expectativa dos empresários se manifesta somente com relação às suas próprias empresas; em relação à economia brasileira há pessimismo.
Há, ainda, a divisão de Icei por portes de empresa e por região geográfica. Na divisão por porte, o declínio da confiança foi unânime, sendo que a queda foi maior nas pequenas empresas, de 1,1 ponto, para 48,5 pontos. Entre médias e grandes empresas, o Icei caiu 0,3 ponto. Enquanto para as médias o Icei está muito próximo da linha de 50 pontos, em 49,4 pontos, para as grandes o Icei mostra confiança dos empresários, com índice de 51,7 pontos.
Já na separação por região, a confiança do setor industrial caiu na maioria das regiões do Brasil. A exceção foi a região Sul, com alta de 0,9 ponto. Ainda assim, o índice foi a 47,2 pontos, o que significa que ainda mostra falta de confiança dos empresários da região.
Na região Sudeste, o índice caiu 0,5 ponto, para 49,8 pontos. Na região Norte, a queda foi de 1,4 ponto, para 52,8 pontos; no Nordeste, de 1,2 ponto, para 53,2 pontos; e, no Centro-oeste, de 1,1 ponto, para 51,0 pontos.

