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Confiança da construção se mantém baixa no mês de maio

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Índice de Confiança da Construção, medido pela FGV, teve alta de 3 pontos em maio frente a abril, mas acumula queda de 26,2 pontos em relação a janeiro

Falta de demanda se mantém como principal fator limitante à melhoria dos negócios, mas, por assinalação espontânea, a contaminação pelo coronavírus alcançou o segundo posto no ranking desses fatores (Créditos: Vinicius Bacarin/ Shutterstock)

28/05/2020 | 10:50 - Conforme apuração da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Construção (ICST) teve alta de 3 pontos em maio frente a abril, chegando a 68 pontos. Mesmo com o resultado positivo, o índice acumula queda de 26,2 pontos face a janeiro (94,2 pontos, o maior valor desde maio de 2014).

De acordo com Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre, “apesar do aumento da confiança, não é possível afirmar que o pior momento da crise deflagrada pela Covid já passou. Os impactos negativos sobre o setor da construção continuam bastante intensos, atingindo os negócios em andamento em todos os segmentos. Em maio, 51% das empresas indicaram diminuição da atividade e 63% que o ambiente de negócios está fraco”.

A profissional complementou, ainda, dizendo que “a ‘despiora’ do Indicador de Confiança refletiu expectativas menos negativas, mas que se mantiveram em patamar ainda representativo de um grande pessimismo com os próximos meses”.

A leve alta, registrada em maio, foi influenciada pela melhora no Índice de Expectativas (IE-CST) – cálculo da confiança do empresário da construção para os próximos meses. O indicador cresceu 9,8 pontos, alcançando 69,7 pontos. Tanto o indicador de demanda prevista quanto o de tendência dos estoques apresentaram alta, alcançando 69,6 pontos e 69,9 pontos, respectivamente.

Quanto ao Índice de Situação Atual (ISA-CST), que apura a confiança do empresário da construção no momento presente, ele recuou 4,1 pontos, chegando a 66,8 pontos. Este é o menor valor desde setembro e outubro de 2017 (66,2 pontos).

Já o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor aumentou 4,1 pontos percentuais, para 61,7%. 

CORONAVÍRUS

A falta de demanda se mantém como principal fator limitante à melhoria dos negócios, mas, por assinalação espontânea, a contaminação pelo coronavírus alcançou o segundo posto no ranking desses fatores.

Conforme a pesquisa, a demanda insuficiente foi apontada por 58,1% das empresas; o coronavírus obteve 81,6% das assinalações das 41,5% que assinalaram outros fatores, além dos tradicionalmente listados.

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