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Confiança da construção atinge o maior patamar desde fevereiro de 2014

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Na média móvel trimestral, o indicador avançou 1,3 ponto em setembro e alcançou a marca de quatro meses consecutivos de alta

Confiança da construção
O indicador chegou a 96,4 pontos em setembro (Foto: Smileus/Shutterstock)

27/09/2021 | 13:58 – A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou nesta segunda-feira (27) o Índice de Confiança da Construção, que permaneceu relativamente estável em setembro após variar 0,1 ponto. Com isso, o indicador chegou a 96,4 pontos — número mais alto desde fevereiro de 2014, quando foram registrados 96,7 pontos. Já na média móvel trimestral, o avanço em setembro foi de 1,3 ponto, sendo este o quarto mês consecutivo de alta.

Após quatro meses com crescimentos contínuos, em setembro, houve correção para baixo da expectativa de melhora da demanda. A maior queda no indicador de demanda prevista foi verificada no segmento das edificações residenciais, sob o efeito do aumento das taxas de juros do crédito imobiliário. “Ainda assim, a confiança das empresas acomodou num patamar mais favorável desde 2014 por uma ligeira melhora da percepção sobre a situação corrente”, analisa Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.

Ela aponta que o Indicador de Evolução Recente da atividade conquistou o melhor resultado desde dezembro de 2012. “Ou seja, a retomada da atividade ganha força na percepção empresarial, mas diminui o otimismo com a continuidade desse ciclo”, diz.

Já o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da construção avançou 1,9 ponto percentual no período e agora está em 75%. Também foram verificados aumentos no NUCI de Mão de Obra (1,9 ponto percentual) e de Máquinas e Equipamentos (1,2 ponto percentual), que registram atualmente 76,2% e 68,3%, respectivamente.

Custo da construção

Também foi divulgado pela FGV o Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), que em setembro repetiu o resultado de agosto e subiu 0,56%. No acumulado de 12 meses, o indicador está em 16,37%. Já considerando apenas os nove meses de 2021, fica em 11,99%.

O índice relativo aos Materiais, Equipamentos e Serviços foi de 1,10% no último mês de agosto para 0,83% em setembro. Já o número correspondente a Materiais e Equipamentos variou 0,89% em setembro, após alta de 1,17% em agosto.

O levantamento também mostra uma variação dos Serviços, passando de 0,78% em agosto para 0,56% em setembro. Neste segmento, destaque para Projetos, que foram de 1,08% para 0,40%. Por fim, a Mão de Obra subiu 0,27% em setembro, após a estabilidade em agosto.

Entre as capitais pesquisadas, quatro apresentaram no período decréscimo nas taxas de variação do INCC-M: Brasília, Belo Horizonte, Recife e São Paulo. Por outro lado, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre tiveram alta.

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